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Contra o Corinthians, Larghi muda estratégia e repete fórmula de últimos títulos do Atlético

Treinador deve escalar time com volantes caracterizados pela forte marcação

João Vitor Marques
Thiago Larghi esboçou o time titular do Atlético nos treinamentos com dois volantes de forte marcação - Foto: Alexandre Guzanshe/EM

Pierre e Leandro Donizete; Pierre e Josué; Josué e Leandro Donizete. Seja qual for a escolha, a dupla formada por volantes caracterizados especialmente pela forte marcação acompanha a história recente de títulos do Atlético. Os três jogadores citados se revezaram nas campanhas que renderam as conquistas da Copa Libertadores (2013), da Recopa Sul-Americana (2014) e da Copa do Brasil (2014). E a ‘fórmula’ para o meio-campo provavelmente será repetida pelo técnico Thiago Larghi para o confronto diante do Corinthians, neste sábado, a partir das 21h45.


Na maioria dos 41 jogos em que esteve à frente do Atlético, o treinador escalou a equipe no 4-3-3. O sistema armado por Larghi tem um volante de ‘pegada’ logo à frente da zaga e dois meio-campistas mais avançados. Desta vez, a tendência é que José Welison e Adilson - jogadores cuja principal característica é a marcação - atuem juntos desde o início da partida na arena, pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Ao menos foi dessa forma que Thiago Larghi armou o time nos treinamentos de quarta-feira e sexta-feira. Montada num 4-2-3-1, a equipe foi formada com Victor; Emerson, Leonardo Silva, Iago Maidana e Fábio Santos; José Welison e Adilson; Luan, Cazares e Yimmi Chará; Ricardo Oliveira.

Histórico favorável?

Recuperado de lesão na panturrilha esquerda, Adilson deve ser titular do Atlético contra o Corinthians - Foto: Bruno Cantini/Atlético

Falar em título é exagero para uma equipe que ocupa a sexta colocação do Campeonato Brasileiro, com 34 pontos - 11 a menos que o líder São Paulo. A mudança de estratégia no meio-campo, entretanto, é uma tentativa de dar mais regularidade a um Atlético que não tem conseguido emendar bons resultados e ainda sofre com a inconstância tanto dentro, quanto fora de casa.

Para isso, um time com marcação fortalecida é uma fórmula que tem dado certo no Atlético.
Nas temporadas 2013 e 2014, por exemplo, foi com esse formato que os times de Cuca e Levir Culpi conquistaram títulos de relevância continental e nacional. No âmbito estadual, o cenário foi parecido.

Pierre e Donizete formaram dupla de volantes nas campanhas de títulos importantes do Atlético - Foto: Euler Junior/EM/D.A Press

Na campanha do título mineiro de 2015, o ‘general’ Leandro Donizete foi acompanhado de um volante bastante técnico. Apesar de ser conhecido especialmente pela qualidade com a bola nos pés, Rafael Carioca esteve, ano após ano, entre os líderes de desarme do elenco do Atlético.

Em 2017, outro exemplo de meio-campo reforçado que deu certo. Durante boa parte da campanha do título mineiro, o técnico Roger Machado escalou o time com dois volantes. Na final, diante do Cruzeiro, preferiu montar a equipe com Adilson, Rafael Carioca e um Elias posicionado de forma mais recuada que a forma como tem jogado atualmente.

Nesta temporada, o Atlético jogou com dois volantes cuja principal característica é a marcação em apenas uma oportunidade. E as lembranças não são das melhores. Adilson e Arouca - que já deixou o clube e, atualmente, defende o Vitória - foram titulares na derrota por 2 a 1 para o Figueirense, em 14 de março, pela partida de volta da terceira fase da Copa do Brasil. Nos pênaltis, Victor brilhou e garantiu a vitória do time mineiro no Independência.

Apesar de ter pouco tempo de Atlético, José Welison é titular absoluto do time de Thiago Larghi - Foto: Bruno Cantini/Atlético

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