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Atlético modifica programação e quer começar obras da Arena MRV em dezembro

Primeira previsão era que construção se iniciasse em agosto

Túlio Kaizer João Vitor Marques
Arena MRV foi tema da reunião do Conselho Deliberativo do Atlético na noite desta terça-feira - Foto: Divulgação

Em meio ao atraso para conseguir as licenças ambientais necessárias, o Atlético modificou o cronograma da construção da Arena MRVPrevisto inicialmente para este mês de agosto, o começo das obras agora está agendado para dezembro. As mudanças foram comunicadas durante reunião do Conselho Deliberativo na noite desta terça-feira, na sede do clube, em Lourdes, Região Centro-Sul de Belo Horizonte.

Há quase um ano, em 18 de setembro de 2017, os conselheiros autorizaram a venda de 50,1% do Diamond Mall, shopping localizado ao lado da sede do Atlético, por R$ 250 milhões para viabilizar a construção. À época, a expectativa era que a Arena MRV - que terá capacidade para 47 mil torcedores - ficasse pronta no final de 2020. Apesar do atraso para o início das obras, há a expectativa de inaugurar o estádio ainda em dezembro de 2020.

"Convoquei o conselheiro Rafael Menin, que é presidente da MRV e está na frente do trabalho de desenvolvimento da nossa Arena MRV, para ele contar do pequeno atraso que houve e também do cronograma que ele imagina que seja viável. Houve um atraso de dois, três meses. Ele acha que, começando em dezembro mesmo, há possibilidade de o estádio do Atlético ser entregue em dezembro de 2020", assegurou o presidente do Conselho Deliberativo do Atlético, Rodolfo Gropen.

O cronograma estabelecido inicialmente atrasou em função de problemas enfrentados pelos gestores do estádio durante o processo legal que antecede as obras. O clube ainda precisa conseguir as licenças prévia e de instalações, que dependem do aval de órgãos estaduais e municipais.

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Nesta terça-feira, o secretário municipal de meio ambiente, Mário Werneck, aceitou um recurso que suspende o prazo de reenvio do projeto com as correções e adequações solicitadas pelo órgão municipal. A princípio, os documentos com esclarecimentos relativos à primeira versão apresentada pelo Atlético deveriam ser entregues até esta sexta-feira, dia 24 de agosto.

Com isso, o prazo para reapresentar o projeto à Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) fica indeterminado, uma vez que o Atlético depende de autorizações estaduais para, posteriormente, concluir o trâmite na prefeitura de Belo Horizonte.
A suspensão concedida nesta terça-feira será encerrada assim que o clube conseguir os pareceres da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD).

O projeto

Arena MRV será construída no bairro Califórnia, na Região Noroeste de Belo Horizonte - Foto: Divulgação

O conselho deliberativo do Atlético autorizou a venda de 50,1% do Diamond Mall por R$ 250 milhões para viabilizar a construção do estádio. O shopping, localizado no bairro de Lourdes, será a parcela de investimento feita pelo clube na obra orçada em R$ 410 milhões.

O restante do valor será pago por investidores (R$ 60 milhões pelos naming rights adquiridos pela MRV e R$ 100 milhões de cadeiras cativas - 60% dessa quantia já está garantida por negociação com o BMG). O terreno, avaliado em R$ 50 milhões, foi doado por Rubens Menin, dono da construtora MRV.

Ao todo, 389 conselheiros tiveram direito a participar da votação do projeto, em 18 de setembro de 2017. Eram necessários 260 votos ‘sim’ para a aprovação. O resultado final mostrou 325 votos a favor e 12 contra.

A ideia é que a Arena MRV, que será construída no bairro Califórnia, Região Noroeste de Belo Horizonte, tenha capacidade para 47 mil torcedores. O projeto prevê que o estádio será ‘semelhante a um caldeirão’, com apenas 8m separando as arquibancadas do campo.

Além disso, a arena - a ser construída num terreno de 192 mil metros quadrados - terá 2,6 mil vagas de estacionamento, 46 bares, 36 camarotes e um espaço VIP com capacidade para 3,6 mil torcedores.
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