O Atlético encerrou o turno do Campeonato Brasileiro na 5ª posição, com 33 pontos somados. A campanha é a quarta melhor da história do Alvinegro desde que o formato foi adotado, em 2016. A equipe sonha com uma vaga na Copa Libertadores. O título ainda é objetivo distante, mas o time trabalha passo a passo para tentar conquistar a taça da competição. Neste domingo, o Galo venceu o Botafogo, por 3 a 0, no Engenhão, quebrando a série de resultados ruins como visitante.
A campanha do Galo no turno só não foi melhor do que em três anos: 2012 (43 pontos), 2015 (36 pontos) e 2016 (35 pontos). A participação da equipe no Campeonato Brasileiro é valorizada pelo fatores que marcaram a trajetória. Thiago Larghi começou a competição como técnico interino. Após a pausa para a Copa do Mundo, o treinador foi efetivado, mas viu o time perder peças e a chegada de novos reforços. As dificuldades nos últimos jogos foram visíveis, mas os comandados do treinador começam a mostrar sintonia em campo.
O técnico alvinegro, inclusive, pede calma. Para Thiago Larghi, a equipe ainda vem se encaixando. Apesar da boa campanha no turno, o treinador afirma que o primeiro objetivo é a classificação para a Copa Libertadores. O time, no entanto, vai trabalhar com o pensamento jogo a jogo em busca do título.
“É um campeonato dificílimo, sabemos disso. Temos que trabalhar jogo a jogo. Não podemos projetar muito. Nosso objetivo desde o início foi estar entre os seis primeiros. Temos consciência de que lutar por uma vaga na Libertadores é uma classificação bastante digna, de um bom trabalho. O título só vai vir se formos pontuando jogo a jogo, com calma, com pé no chão. Temos que pensar no jogo de quinta-feira, que vai ser muito difícil, e ir remontando o time, conseguir colocar de novo o padrão para chegar em bons resultados”, destacou Larghi.
O treinador ressaltou as dificuldades vividas no turno do Campeonato Brasileiro. O time perdeu peças importantes, como o zagueiro Bremer (vendido ao Torino, da Itália), o artilheiro Róger Guedes (comprado pelo Shandong Luneng, da China), o meia Rómulo Otero (emprestado ao Al Wehda, da Arábia Saudita), além dos volantes Gustavo Blanco (fora da temporada) e Adilson (não jogou desde a pausa para a Copa do Mundo) por lesões.
“Foi um trabalho bem difícil, com muito empenho de todo mundo, diretoria, comissão técnica, dos jogadores. A gente teve no início a formação de um time, terminamos até a parada da Copa em segundo lugar. Em seguida, uma remontagem em que foi necessário passar por uns resultados ruins para conseguir progredir e evoluir. Terminamos no quinto lugar, uma colocação digna. Temos que continuar com um trabalho forte, consciente do que temos que fazer, porque temos muito o que melhorar. O pé tem que estar no chão depois dessa vitória. Quinta-feira já tem outra parada duríssima. E ir pontuando jogo a jogo para colocar o Atlético em posições mais altas da tabela”, concluiu.
Melhor ataque
O Atlético encerra o turno do Campeonato Brasileiro com o melhor ataque da competição. Foram 36 gols marcados, quatro a mais que o líder São Paulo, segundo time que mais balançou as redes.
Em nenhuma campanha de 20 clubes o Atlético havia marcado tantos gols como em 2018. Até então, o melhor ataque havia sido em 2012, com 34 gols feitos.
Já o sistema defensivo cresceu de produção na reta final do turno. Foram apenas dois gols sofridos nas últimas quatro partidas. No entanto, a equipe tem a terceira pior defesa do Campeonato Brasileiro, ao lado de Vasco e Chapecoense, com 26 gols sofridos (apenas Vitória, 39, e Sport, 30, levaram mais gols).
Relembre as campanhas do Galo nos turnos do Campeonato Brasileiro com 20 clubes
2007 - 25 pontos - 7 vitórias, 4 empates e 8 derrotas - 29 gols marcados e 28 gols sofridos - aproveitamento de 43,9%
2008 - 24 pontos - 6 vitórias, 6 empates e 7 derrotas - 25 gols marcados e 37 gols sofridos - aproveitamento de 42,1%
2009 - 32 pontos - 9 vitórias, 5 empates e 5 derrotas - 32 gols marcados e 25 gols sofridos - aproveitamento de 56,1%
2010 - 17 pontos - 5 vitórias, 2 empates e 12 derrotas - 23 gols marcados e 34 gols sofridos - aproveitamento de 29,8%
2011 - 15 pontos - 4 vitórias, 3 empates e 12 derrotas - 24 gols marcados e 38 gols sofridos - aproveitamento de 26,3%
2012 - 43 pontos - 13 vitórias, 4 empates e 2 derrotas - 34 gols marcados e 15 gols sofridos - aproveitamento de 75,4%
2013 - 25 pontos - 6 vitórias, 7 empates e 6 derrotas - 23 gols marcados e 23 gols sofridos - aproveitamento de 43,9%
2014 - 30 pontos - 8 vitórias, 6 empates e 5 derrotas - 24 gols marcados e 19 gols sofridos - aproveitamento de 52,6%
2015 - 36 pontos - 11 vitórias, 3 empates e 5 derrotas - 33 gols marcados e 18 gols sofridos - aproveitamento de 63,2%
2016 - 35 pontos - 10 vitórias, 5 empates e 4 derrotas - 33 gols marcados e 25 gols sofridos - aproveitamento de 61,4%
2017 - 23 pontos - 6 vitórias, 5 empates e 8 derrotas - 19 gols marcados e 23 gols sofridos - aproveitamento de 40,4%
2018 - 33 pontos - 10 vitórias, 3 empates e 6 derrotas - 36 gols marcados e 26 gols sofridos - aproveitamento de 57,9%