“Fico sem palavras para comentar sobre o Cazares. No último jogo, deu para ver o semblante dele que queria jogar. Quando ele quer jogar, não tem para ninguém”. Essas foram as palavras do volante José Welison em relação ao meia equatoriano, que volta ao time titular do Atlético neste domingo, às 16h, contra o Botafogo, no Engenhão, pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Desde que o camisa 10 chegou ao clube, em 2016, é corriqueiro ouvir que Cazares poderia fazer mais em campo caso tivesse a mesma vontade em todas as partidas. Mais uma vez, ele ganha a confiança do técnico Thiago Larghi, que afirma: chegou o momento do equatoriano mostrar todo o seu potencial.
“É a hora de ele assumir esse protagonismo, colocar para fora o futebol que ele tem. A capacidade dele a gente sabe que é grande. Então, é ele trabalhar forte e buscar esse protagonismo, assumir essa responsabilidade, o papel que ele pode desempenhar aqui junto com a equipe. Isso pode ajudar em todas as conquistas que ele quiser ter na vida dele. Então, é uma oportunidade de ele botar os pés no chão aqui e jogar o melhor futebol que ele pode expressar”, disse o treinador.
Para isso, Larghi quer Cazares jogando mais perto do gol. O treinador disse que o meia também vai ajudar na saída de bola alvinegra, mas espera que ele participe ativamente das jogadas ofensivas, contribuindo com gols ou assistências.
“O Cazares é um jogador que a gente dá certa liberdade para ele flutuar no meio-campo. Pela qualidade que ele tem, a gente tem que dar essa liberdade para flutuar, para poder fazer os outros jogadores jogarem, a medida que ele está sempre presente nas situações. Ele pode fazer essa função (de recuar para ajudar na saída de bola), mas a gente quer ele um pouco mais perto do gol. A gente quer ele convertendo mais em assistências e mais em número de gols. Isso também a gente já conversou. Ele é como um ‘10’ e precisa estar um pouco mais à frente para estar transformando isso em números”.
Larghi acredita que Cazares, agora, estará totalmente focado no Atlético. Recentemente, o meia negociou sua saída para o Shabab Al Ahli Dubai Club, dos Emirados Árabes, mas a transferência não foi concluída. O fator acabou prejudicando as exibições do camisa 10, que voltou a ser decisivo no último domingo, com uma assistência para Ricardo Oliveira na vitória por 3 a 1 sobre o Santos, no Independência.
“A gente vê ele trabalhando no dia a dia, vê ele se empenhando, mas sabe que do outro lado tem os adversários, tem os jogos. A gente espera que ele responda da melhor maneira e consiga ter uma sequência boa. A gente vê o trabalho dele no dia a dia. Ele vem se empenhando, vem trabalhando. Acho que o que aconteceu recentemente, a questão da negociação, foi uma coisa que prejudicou, de uma forma ou de outra, porque a gente teve que tirá-lo um pouco dos jogos, treinos, para evitar uma possível lesão. Isso também mexe com a cabeça do jogador, o lado psicológico, o foco. Ele entrou contra o Bahia, agora já entrou no último jogo, já foi bem de novo, como ele fazia antes da parada. É um jogador importante. Ele foi titular a maioria dos jogos com a gente na temporada. Então, é ele reassumir agora, esperando que ele esteja melhor do que nunca, que ele assuma esse protagonismo e possa, de fato, ser o ‘10’ do Atlético, transformando em tudo o que a torcida espera dele”, concluiu.
Em 2018, o desempenho de Cazares é irregular. São 32 partidas pelo Atlético, sendo 22 como titular, com cinco gols e seis assistências. Apesar dos números, o meia viveu momentos instáveis na temporada.