A remontagem do Atlético no período pós-Copa do Mundo leva o técnico Thiago Larghi a fazer as mais diferentes experiências possíveis e a recorrer ao maior número de jogadores do grupo. Nas últimas seis partidas, o treinador utilizou 19 atletas dos 31 que tem à disposição, o que acaba comprometendo a formação de uma identidade na equipe. E os testes não terão trégua. Um dos destaques na vitória sobre o Santos, o equatoriano Cazares deve ser o 20º titular diferente usado depois do Mundial. Pelo que foi demonstrado no treino de ontem, ele ganhará chance de começar diante do Botafogo no domingo, às 16h, no Engenhão, no encerramento do turno do Campeonato Brasileiro.
Cazares esteve perto de se transferir para o futebol árabe, mas não houve acordo financeiro. Logo, ele se transformou em um “reforço” para o alvinegro, que tenta se manter na parte de cima do Nacional. A vaga de titular no Rio foi um prêmio para o jogador de 26 anos, que deu assistência para o primeiro gol de Ricardo Oliveira diante do Santos, na rodada passada. Contra o Botafogo, ele ganhou a posição de outro gringo, o argentino Tomás Andrade.
Quem também receberá mais uma oportunidade é o volante Matheus Galdezani, substituto de Elias – que cumpre suspensão pelo terceiro cartão amarelo.
A alta rotatividade nas últimas partidas se deve a lesões, suspensões e saídas de jogadores. Isso tudo impediu que Thiago Larghi repetisse a escalação em dois confrontos consecutivos. Apenas o goleiro Victor, o volante Zé Welison e os atacantes Ricardo Oliveira e Chará estiveram presentes nas seis partidas desde a retomada do Brasileiro. Desde o mês passado, a cada rodada, um atleta diferente estreou como titular pelo alvinegro.
Diante do Santos, a principal novidade foi o armador Nathan, que teve atuação regular, foi substituído por Luan na etapa complementar, mas deve permanecer como titular contra o Botafogo. Ele estreou no duelo anterior (derrota para o Internacional por 1 a 0, em pleno Horto), quando entrou no segundo tempo. O jogador de 23 anos sabe que precisa se adaptar mais ao estilo de jogo da equipe e aumentar a comunicação com os companheiros. “Acredito que posso melhorar o entrosamento. Por não ter atuado com a maioria, o entrosamento do dia a dia vai chegar e as coisas vão acontecer naturalmente.”
Nathan entende como positivas as várias mudanças feitas pelo treinador; “O fato de ele mexer muito no time comprova o tanto que o grupo é forte. Ele mudou várias vezes, mas manteve a formação, com a equipe trabalhando forte e jogando bem. Em alguns jogos, a vitória não veio, mas o time atuou bem, sempre buscando os três pontos”.
EQUILÍBRIO Larghi terá mais três treinos para confirmar o time atleticano e melhorar a sintonia entre os jogadores. A meta principal é buscar o equilíbrio entre setores, evitando levar gols de forma exagerada. No Brasileiro, o Galo conta com o ataque mais positivo, com 33 gols, mas tem a terceira defesa mais vazada, ao lado do Vasco (26).
O lateral-direito Emerson considera que a evolução coletiva passa muito pela atenção em todos os momentos dos jogos: “A gente fala muito em concentração.