Por entrosamento ideal no Atlético, Ricardo Oliveira e Chará se tornam conhecedores um do outro

São menos de 40 dias de parceria, mas a dupla Ricardo Oliveira e Yimmi Chará já demonstra resultados no Atlético. Em quatro jogos juntos, os dois totalizam dois gols e duas assistências. Números que ainda não ganharam tanta notoriedade - especialmente por conta dos recentes tropeços alvinegros no Campeonato Brasileiro -, mas que já demonstram o potencial ofensivo do time.

No Atlético desde o início do ano, Ricardo Oliveira é o goleador máximo do time na temporada. O centroavante de 38 anos foi às redes 16 vezes em 36 partidas, além de ter distribuído seis assistências.

Yimmi Chará, por sua vez, tem menos tempo de casa. O colombiano de 27 anos deixou o Júnior-COL, de Barranquilla, para defender o Atlético. O primeiro treino no novo clube foi em 25 de junho, data da reapresentação do elenco após dez dias de folga durante a Copa do Mundo.

De lá para cá, Ricardo Oliveira e Chará foram titulares em todos os treinos e jogos do Atlético. Isso ajuda a explicar o entrosamento em campo, demonstrado, por exemplo, quando o colombiano encontrou o companheiro em velocidade na jogada do segundo gol no empate por 2 a 2 com o Bahia, na última segunda-feira.

“Por ser um parceiro de ataque, obviamente eu procuro facilitar com conversas. Não preciso falar com ele da forma como eu jogo. Já conhece, já sabe como eu jogo, as movimentações… E a gente tem feito muitas jogadas juntos, uma parceria bem bacana”, avaliou Ricardo Oliveira.

Conhecimento

Nada melhor que entender as movimentações e conhecer as principais características de um companheiro para melhorar o desempenho de uma parceria. Com Ricardo Oliveira e Chará não é diferente. Os dois, que formam o trio de ataque alvinegro com Luan, têm tido frequentes conversas para acelerar o entrosamento, especialmente num momento decisivo da temporada.

“Ele (Chará) vem com muito potencial ofensivo, defensivo, tem essa característica também, nos ajuda bastante. Tem gol, tem passe para gol, é um jogador de desmarque, tem profundidade e qualidade com a bola no pé”, disse o centroavante.

“Ricardo (Oliveira) é um jogador que sempre faz diagonais muito boas. Sempre tento procurá-lo em campo. Nas partidas anteriores, não havíamos completado jogadas como essa (do segundo gol contra o Bahia). Nessa partida, pudemos fazer de uma maneira que pôde terminar em gol”analisou Chará, ao citar o lance da partida na Fonte Nova, pela 16ª rodada do Brasileirão.

Fora de campo

Como líder que é, Ricardo Oliveira destacou também outros aspectos importantes não apenas para melhorar o entrosamento com Chará, mas também com o objetivo de acelerar a adaptação do colombiano a Belo Horizonte.

“Acaba de chegar, tudo novo, precisa de tempo, processo de mudança, família chegando, buscar escola para as crianças. Eu passei por isso aqui. É difícil para todo mundo. Ele que vem de um país com idioma diferente… Ele precisa de tempo, e nós precisamos facilitar isso para ele. É um jogador de muita qualidade. Precisamos fazer com que ele se sinta à vontade cada vez mais. E a gente está percebendo que ele está se sentindo à vontade”, disse.

E o colombiano confirma. Chará diz que há se sente em casa em Belo Horizonte e na Cidade do Galo. “É muito parecido com o que temos na Colômbia. A adaptação, por esse lado, não tem sido difícil. Temos um grupo muito bom, com jogadores que nos receberam de uma maneira muito boa e nos ajudaram a conhecer a cidade”.

A próxima chance dos dois mostrarem o potencial da parceria será nesta segunda-feira, a partir das 20h. O Atlético terá duelo importante contra o Internacional, no Independência, pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Os times disputam posição na parte de cima da tabela. O Atlético é o quarto colocado, com 27 pontos - dois a menos que o Inter, que ocupa a terceira posição.

Números da dupla no Atlético

Ricardo Oliveira pós-Copa do Mundo: quatro jogos e um gol
Yimmi Chará pós-Copa do Mundo: quatro jogos, um gol e duas assistências