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Apesar de comandar segunda defesa mais vazada do Brasileiro, Larghi segue confiante em zagueiros do Atlético

Galo levou 24 gols na competição, menos apenas que o Vitória

Túlio Kaizer
Defesa foi elogiada por Larghi, mas Atlético novamente não foi capaz de segurar o resultado positivo - Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia
O fraco desempenho defensivo tem prejudicado a campanha do Atlético no Campeonato Brasileiro. Na noite dessa segunda-feira, um gol do Bahia, aos 48 minutos do segundo tempo, tirou mais dois pontos do Atlético na competição (o Galo vencia o jogo por 2 a 1). Com os dois gols sofridos em Salvador, o Alvinegro agora tem a segunda defesa mais vazada da Série A (24), à frente apenas do Vitória (30). Apesar dos números desfavoráveis, Thiago Larghi segue confiante na defesa que comanda.

O Atlético tem o melhor ataque do Campeonato Brasileiro (30 gols marcados), mas isso não tem sido suficiente para que a equipe conquiste o resultado positivo. Em cinco oportunidades, a equipe marcou dois ou mais gols, mas não saiu de campo com o resultado positivo.

O dado fica ainda mais curioso quando demonstrado por outra visão. Em quatro dessas cinco partidas, o Atlético estava vencendo até ceder o empate ou a virada (São Paulo, 2 a 2, Sport, 3 a 2, Chapecoense, 3 a 3, e Bahia, 2 a 2). Apenas na partida contra o Palmeiras (3 a 2), o Galo não estava à frente, mas acabou levando o gol da derrota nos acréscimos da etapa final. Caso o time tivesse conseguido segurar os resultados, o Alvinegro teria dez pontos a mais e ocuparia a liderança da competição.

Outro número joga contra a defesa do Atlético.
Em metade dos jogos do Campeonato Brasileiro o time foi vazado pelo menos duas vezes. Destes, venceu apenas um (Fluminense, por 5 a 2). Foram ainda três empates e quatro derrotas.

Confiança na defesa

Recentemente, após a saída de Bremer, Larghi afirmou que queria a chegada de ‘zagueiro pronto’. Nas últimas entrevistas, no entanto, passou a demonstrar confiança nos defensores, mesmo com os números apresentados pelo time na competição, como foi após a partida contra o Bahia.

“O Maidana foi bem, o Juninho foi bem, novamente como lateral-esquerdo, o Gabriel, que vai sempre bem, o Patric... Enfim. Acho que o jogo como um todo, uma partida, o saldo foi positivo”, disse o treinador, que falou a importância de Leonardo Silva na equipe. 

“O Leo Silva é um grande jogador acima de tudo, um ídolo do clube. A gente sabe bem o quanto ele é importante para o time. Mas os jogadores que temos aqui têm a confiança nossa. Acho que os gols que a gente sofreu não é questão de ter o Leo ou não. A gente tenta fortalecer com nosso time é nosso sistema defensivo como um todo. É nisso que a gente precisa estar bem. Todo mundo precisa participar e colaborar no momento em que a gente não tem a bola. É nisso que eu acredito”, completou.

Ainda teve piores…

O rendimento da defesa do Atlético no Campeonato Brasileiro é ruim, mas o próprio clube já teve números piores em edições anteriores.
Em 16 partidas, o time sofreu mais gols em 2005 (27), 2008 (30), 2010 (28) e 2011 (30). Em 2004, o número sofrido foi o mesmo deste ano (24).

Os melhores desempenhos defensivos no mesmo período aconteceram em 2012 (10) e 2015 (14). Curiosamente, nas duas campanhas, o time liderava o Campeonato Brasileiro.

Números da defesa do Atlético nas 16 primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro de pontos corridos

2003 - 21 gols sofridos
2004 - 24 gols sofridos
2005 - 27 gols sofridos
2007 - 22 gols sofridos
2008 - 30 gols sofridos
2009 - 19 gols sofridos
2010 - 28 gols sofridos
2011 - 30 gols sofridos
2012 - 10 gols sofridos
2013 - 19 gols sofridos
2014 - 19 gols sofridos
2015 - 14 gols sofridos
2016 - 23 gols sofridos
2017 - 19 gols sofridos
2018 - 24 gols sofridos
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