Depois de 45 dias, Leonardo Silva deve, finalmente, voltar a atuar com a camisa do Atlético em uma partida oficial. Recuperado de uma lesão muscular na parte posterior da coxa direita, o zagueiro de 39 anos deve ser titular no jogo desta quarta-feira, contra o Paraná, pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro.
“Não foi nada apressado (o processo de recuperação). Foi tudo dentro do que planejávamos. 100% fisicamente é claro que ainda não estou, em comparação com os outros atletas que treinaram desde a parada da Copa, os 15 dias. Mas evolui muito bem nessa semana que tive de trabalho. Acho que neste momento, fora de lesão, tenho condições de atuar, sim”, disse o capitão do time, em entrevista coletiva.
A última partida de Leonardo Silva foi em 10 de junho, quando o Atlético derrotou o Fluminense por 5 a 2, no Independência, pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro. O zagueiro, inclusive, marcou um dos gols do time alvinegro, aos 35’ do primeiro tempo. Aos 44’ da etapa inicial, precisou deixar o gramado por conta da lesão. No lugar dele, entrou Bremer, negociado com o Torino-ITA.
Apoio
Leonardo Silva treinou entre os titulares na tarde dessa terça-feira, quando o técnico Thiago Larghi comandou o último treinamento antes da partida contra o Paraná. O capitão entrou no lugar de Juninho, que falhou bisonhamente na derrota alvinegra por 3 a 2 para o Palmeiras, nesse domingo, no Allianz Parque, pela 14ª rodada da Série A.
“É difícil você chegar num atleta depois de uma situação daquela. Acho que não tem muito o que falar. A gente dá apoio. O Juninho é um excelente jogador. Mesmo após a situação, ele foi muito bem na partida. Teve uns cinco minutos em que ele tentou se recuperar. Mas, no restante, na minha opinião, ele foi muito bem, muito firme e muito seguro”, disse Leonardo Silva, que citou ainda uma experiência pessoal para dar forças ao companheiro.
“Assim como aconteceu comigo em 2013, em que cometi um pênalti aos 45’ e fiz o gol do título aos 42’ de uma final, ele também vai decidir para gente algum instante”, afirmou o capitão.
Leo Silva se referiu ao pênalti cometido no último minuto do tempo regulamentar contra o Tijuana-MEX, no Independência, pela partida de volta das quartas de final da Copa Libertadores daquela temporada. Para a sorte do zagueiro, o goleiro Victor pegou a cobrança de Riascos e garantiu a classificação do Atlético.
Mais à frente, na noite de 24 de julho de 2013 - exatamente cinco anos e um dia atrás -, Leo Silva salvou o time alvinegro. Foi dele o gol salvador aos 42’ do segundo tempo contra o Olimpia-PAR, no Mineirão, que levou a decisão da Libertadores para a prorrogação. No tempo extra, nada de gols. Nos pênaltis, melhor para o Atlético, que conquistou a América pela primeira vez.
Deficiências defensivas
Ao lado do América, o Atlético é dono da segunda defesa mais vazada do Campeonato Brasileiro. Em 14 rodadas, o time levou 22 gols - média de 1,57 por partida. Só o Vitória levou mais: 27. Mas como corrigir esse problema? Leo Silva analisa.
“Ninguém resolve isso sozinho. Cada atleta tem sua parcela de contribuição, principalmente no sistema defensivo. Não dá para se resolver de imediato. Tem que ser feito coletivamente. Individualmente, cada atleta tem que ter atenção naquilo que tem que ser feito para contribuir coletivamente. Anteriormente, nossa defesa estava muito bem e estava fora desses questionamentos, porque vinha sofrendo poucos gols. E isso é uma verdade, com tudo aquilo que estava sendo preparado pelo Thiago (Larghi) e por treinadores anteriores. Infelizmente, nesses últimos jogos, acabamos levando muitos gols. Isso deixa todo mundo chateado. A gente espera poder trabalhar bastante para corrigir os defeitos”, disse.
O Atlético encara o Paraná a partir das 21h desta quarta-feira. O duelo, no Independência, vale pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro. Atualmente, o time alvinegro ocupa o 5º lugar, com 23 pontos - dez a mais que o rival paranaense, 18º colocado.