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Personalidade, funções em campo: ex-técnico de Leandrinho analisa o novo reforço do Atlético

Zé Sérgio trabalhou com o atacante na Ponte Preta em 2015

postado em 12/07/2018 07:30 / atualizado em 12/07/2018 09:19

Victor Haffner/ PontePress
O ex-jogador Zé Sérgio, com passagens por São Paulo, Santos e Seleção Brasileira, foi técnico do atacante Leandrinho, novo reforço do Atlético, na Ponte Preta. Ele observou o jovem atleta, hoje com 19 anos, quando trabalhava no clube de Campinas e o dirigiu na Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2015. 

Atual treinador da base do Ituano, Zé Sérgio disse que Leandrinho chamou atenção pela personalidade, demonstrando desenvoltura mesmo jogando com atletas mais velhos. Segundo o treinador, o jogador do Alvinegro pode atuar tanto pelos lados, como mais centralizado. 

Confira o que o treinador e ex-jogador da Seleção falou, em entrevista ao Superesportes, sobre Leandrinho

Superesportes - Como foi o primeiro contato do senhor com o Leandrinho?
Zé Sérgio - Era dezembro de 2014, e ele estava no sub-17 da Ponte Preta quando houve a convocação para a Taça São Paulo de 2015, que acontece em janeiro. Ele acabou entrando na lista. A gente estava acompanhando ele na Seleção Brasileira de base. Sempre foi muito bem nas seleções de base. Na época, ele tinha 16 anos e a gente tinha uma perspectiva muito boa para ele. Mas ele iniciou a campanha no banco. Tinha um pessoal mais experiente e mais forte que ele. Isso na base conta muito. Como a nossa campanha não foi boa, ele entrou aos poucos e terminou titular.

Qual aspecto no futebol dele o senhor ressalta? 
Apesar de ser um jogador franzino, jogador verde na parte física, tinha muita personalidade, confiança, não se intimidava. Jogava de igual por igual com os outros.

Em que posição Leandrinho rendia mais?
Era um meia-atacante que jogava tanto pela esquerda quanto pela direita. Na Seleção de base, jogou muitas vezes com liberdade no meio, caindo para um lado e para o outro.

O que o senhor sentia que precisava ser mais trabalhado?
Era o amadurecimento mesmo. Era jogador obediente taticamente, tinha qualidade individual, obediência tática, combatia, cobria espaço, fazia marcação. Mas precisava amadurecer como jogador. Era muito verde. Não sei se na Itália ele conseguiu desenvolver isso.  

Onde ele pode se encaixar no Atlético?
O Atlético tem o Róger Guedes de um lado, o Ricardo Oliveira como centroavante. Talvez ele pudesse jogar do outro lado. Ou mesmo mais centralizado, com espaço para cair pelos lados. Não seria um meia organizador entre as linhas, mas caindo um pouco pela direita e pela esquerda. Não vejo dificuldade de ele jogar por dentro, talvez no lugar do Luan. Trabalhei com o Luan na Ponte Preta. Jogador de muita pegada, garra. Mas tecnicamente o Leandrinho é superior.

Como ele era fora de campo? Em 2016, Leandrinho não se reapresentou à Ponte Preta depois de algumas sondagens da Europa. O senhor notou algo?
Não vi nenhum problema nele. Era tranquilo, na dele. Essa situação eu não acompanhei de perto, não sei ao certo o que aconteceu. Mas na Ponte tinha bom comportamento. Esse foi um fato isolado.

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