A Chapecoense abriu o placar aos 20’ do primeiro tempo, com Leandro Pereira - que viria a ser expulso minutos depois. Ricardo Oliveira e Fábio Santos viraram o jogo para o Atlético. Arthur Caike, aos 50’, fez belo gol de falta para empatar. Na segunda etapa, Róger Guedes, aos 10’, e Wellington Paulista, aos 14’, deram números finais à partida.
Foi a terceira partida consecutiva sem vitória do Atlético no Campeonato Brasileiro. Antes do empate com a Chapecoense, a equipe alvinegra perdeu para Flamengo (1 a 0, no Independência) e Sport (3 a 2, na Ilha do Retiro). Irritados com o momento da equipe, torcedores criticaram o presidente Sérgio Sette Câmara na reta final da partida: 'Presidente, cadê o time para ganhar Brasileirão?', em referência às recorrentes declarações do mandatário sobre o 'sonho' de vencer a competição.
O empate por 3 a 3 deixa o Atlético na sétima posição, com 14 pontos. O time alvinegro, porém, ainda pode ser ultrapassado por Vasco, Palmeiras, Cruzeiro e Grêmio. Com 10, a Chapecoense chega à 13ª colocação. Atlético-PR, Botafogo, Vitória e Bahia ainda podem terminar a rodada à frente dos catarinenes.
Atlético e Chapecoense voltam a campo no meio da semana. Os catarinenses enfrentam o Vitória, no Barradão, a partir das 19h30 desta quarta-feira. Às 21h da noite seguinte, o time alvinegro encara o América, no Independência, como visitante.
Reviravoltas
Conforme o esperado, o time alvinegro foi ao ataque para tentar furar o bloqueio rival. Os catarinenses se fechavam lá atrás. Mas, ao contrário do jogo do mata-mata, conseguiam assustar a defesa do Atlético. Aos 17’, Douglas aproveitou cruzamento e cabeceou na trave.
Apenas três minutos depois, a Chapecoense abriu o placar. Após outra cobrança de escanteio, Wellington Paulista desviou a bola, que se apresentou para Leandro Pereira só desviar para as redes. Mas nem deu tempo de comemorar. Na saída de bola, Róger Guedes fez boa jogada, mas finalizou mal. Por sorte, o lance sobrou com Ricardo Oliveira. Livre, o centroavante bateu cruzado e empatou a partida, aos 21’.
Apesar dos gols e da aparente intensidade dos dois times, o jogo era de baixo nível técnico. Como consequência, a bola ficou mais tempo parada - em faltas, laterais, escanteios e tiros de meta - que em disputa. E foi justamente em um lance assim desse tipo que o Atlético virou o jogo.
O árbitro Bruno Arleu de Araújo (CBF/RJ) entendeu que Wellington Paulista derrubou Gabriel na área e marcou pênalti, em decisão bastante contestada pelos jogadores da Chapecoense. Fábio Santos bateu no canto esquerdo e venceu o goleiro Jandrei: 2 a 1.
Aos 37’, apenas dois minutos depois do gol da virada, Leandro Pereira foi expulso. No entendimento da arbitragem, o centroavante levantou demais o pé e atingiu Gabriel. Por essa jogada, recebeu o segundo cartão amarelo e teve de deixar o gramado mais cedo. A partir daí, o jogo parecia que ficaria ainda mais favorável ao Atlético.
Parecia. O time alvinegro teve mais a bola e até conseguiu criar boas oportunidades de ampliar o marcador. No entanto, foi a Chape que marcou, aos 50’. Numa cobrança de falta de média distância, Arthur Caike chutou no canto direito e ‘matou’ o goleiro Victor, que estava posicionado do lado oposto e não conseguiu alcançar a bola.
Ousadia de Larghi, persistência da Chape
A vantagem numérica e o fato de jogar em casa fizeram com que o Atlético se lançasse ao ataque. A Chapecoense se fechou com duas linhas de quatro marcadores. Wellington Paulista se posicionava à frente e contava com Apodi e Arthur para puxar os raros contra-ataques.
Diante das dificuldades enfrentadas pelo time, o técnico Thiago Larghi fez uma alteração ousada: colocou o atacante Erik no lugar do zagueiro Gabriel, aos 10’. O gol de desempate veio quatro minutos depois. Elias achou belo passe para Róger Guedes. O artilheiro do Campeonato Brasileiro recebeu no lado esquerdo da área, cortou Apodi e chutou rasteiro, no canto de Jandrei, para fazer 3 a 2.
A alegria alvinegra durou pouco. Mesmo em desvantagem numérica, a Chapecoense conseguiu um contra-ataque perigoso. Arthur saiu cara a cara com Victor, mas foi impedido por Fábio Santos de finalizar. Pênalti contra o Atlético. Wellington Paulista deslocou Victor e empatou.
Pressionado pelo tempo e, a partir de um momento, pela pressa, o Atlético não conseguia mais criar boas oportunidades. O time alvinegro tinha dificuldades para manter a posse e construir jogadas. Naturalmente, a Chapecoense tentava administrar o jogo e fazia ‘cera’. Os donos da casa pressionaram, cruzaram bolas na área, reclamaram de um pênalti existente e não marcado pela arbitragem, mas não conseguiram passar à frente.
ATLÉTICO 3 X 3 CHAPECOENSE
ATLÉTICO 3 X 3 CHAPECOENSE
Atlético
Victor; Emerson, Bremer, Gabriel (Erik, aos 10’ do 2ºT) e Fábio Santos; Gustavo Blanco e Elias (Bruno Roberto, aos 36’ do 2ºT); Luan (Tomás Andrade, aos 24’ do 2ºT), Cazares e Róger Guedes; Ricardo Oliveira
Técnico: Thiago Larghi
Chapecoense
Jandrei; Apodi, Rafael Thyere, Douglas e Bruno Pacheco (Barreto, aos 34’ do 2ºT); Márcio Araújo, Elicarlos e Canteros (Vinícius Freitas, aos 14’ do 2ºT); Arthur Caike (Bruno Silva, aos 30’ do 2ºT), Wellington Paulista e Leandro Pereira
Técnico: Gilson Kleina
Gols: Ricardo Oliveira, aos 21’, e Fábio Santos, aos 35’ do 1ºT; Róger Guedes, aos 14’ do 2ºT (ATL). Leandro Pereira, aos 20’, e Arthur Caike, aos 50’ do 1ºT; Wellington Paulista, aos 19’ do 2ºT (CHA)
Cartões amarelos: Luan, a 1’, e Fábio Santos, aos 14’ do 2ºT (ATL). Leandro Pereira, aos 26’ e aos 37’ do 1ºT; Wellington Paulista, aos 4’, Barreto, aos 35’, e Jandrei, aos 37’ do 2ºT (CHA)
Cartões vermelhos: Leandro Pereira, aos 37’ do 1ºT (CHA)
Motivo: 9ª rodada do Campeonato Brasileiro
Local: Independência, em Belo Horizonte
Data e horário: sábado, 2 de junho, às 16h
Público presente: 10.298 torcedores
Renda: R$ 173.475,00
Público presente: 10.298 torcedores
Renda: R$ 173.475,00
Árbitro: Bruno Arleu de Araújo (CBF/RJ)
Assistentes: Luiz Cláudio Regazone (CBF/RJ) e Thiago Henrique Neto Corrêa Farinha (CBF/RJ)
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