Como reflexo da instabilidade do Galo, que perdeu o Estadual para o Cruzeiro e foi eliminado ainda na fase inicial da Copa Sul-Americana, o equatoriano oscilou muito, a começar pelo vaivém do time titular para o reserva. Em 2018, foram 14 partidas desde o início e outras sete como suplente, três gols e cinco assistências – são cinco resultados negativos nos 21 jogos. Na derrota para o Vasco por 2 a 1, no Rio, na estreia no Brasileiro, o jogador sofreu lesão muscular na coxa esquerda e ficou em tratamento por 20 dias no departamento médico.
As estatísticas do armador, de 25 anos, nesta temporada são ligeiramente inferiores se comparadas aos primeiros 21 jogos de 2017 (foram apenas dois reveses com ele em campo). Por mais que ele tenha marcado os mesmos três gols, participou diretamente de sete assinalados pelos companheiros. Foram 13 jogos como titular e oito como reserva.
Cazares tem feito trabalho diferenciado na academia para melhorar o rendimento em campo. Desde que chegou ao clube, no início de 2016, o jogador teve apenas três lesões, número considerado baixo para quem costuma atuar desde o início.
Cazares revelou que gostaria de ter atuado diante do San Lorenzo, partida que decretou a eliminação alvinegra na Copa Sul-Americana. Por determinação da diretoria e da comissão técnica, os principais titulares foram poupados, dando prioridade ao Brasileiro e à Copa do Brasil. “Todos os jogos são importantes, como a Primeira Liga, o Estadual. Se entrarmos, temos que ganhar. Minha cabeça sempre quer ganhar, nunca perder. Ele poupou muitos jogadores, mas eu queria jogar. O treinador é quem sabe quem vai jogar.
MAIS LIBERDADE Ainda interino no cargo, Thiago Larghi, que vai para o 23º jogo pela equipe, é o sétimo treinador com quem o camisa 10 trabalha no Atlético. Com todos, ele enfrentou período na reserva, foi decisivo com assistências aos companheiros e também sofreu com cobranças da torcida. Para mudar o panorama com Larghi, o equatoriano aposta no novo modelo de jogo desenvolvido pelo técnico, com jogadores com maior poder de marcação, que dão mais liberdade para os atletas de frente.
Em seus últimos jogos antes de se machucar, Cazares atuou próximo dos volantes para ter mais espaços para criar as jogadas. “Adílson e Blanco marcam muito, correm muito. Dá prazer de ver. Eles se esforçam muito pelos companheiros. Isso me favorece para que eu possa jogar bem”, afirma o jogador.
O camisa 10 em campo
Os primeiros 21 jogos na temporada
2017
13 como titular
8 como reserva
7 atuando os 90 minutos
3 gols
7 assistências
1 cartão amarelo
2018
14 como titular
7 como reserva
9 atuando os 90 minutos
3 gols
5 assistências
2 cartões amarelos.