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Atlético agora só com força máxima e muita pressão para atingir a estratégia traçada

Passada a eliminação na Copa Sul-Americana, técnico Thiago Larghi e os jogadores têm que seguir na Copa do Brasil e brigar pela ponta no Brasileiro

Roger Dias
Zagueiro Leonardo Silva aprovou a tática de poupar o time titular na disputa da Copa-Americana - Foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
Os ecos da eliminação na primeira fase da Copa Sul-Americana podem interferir no futuro do Atlético na temporada de 2018. Os jogadores e o técnico Thiago Larghi estão cientes da pressão por resposta rápida no Campeonato Brasileiro ou mesmo na Copa do Brasil, competições priorizadas pelo clube. E, de agora em diante, qualquer fracasso pode resultar em mais cobranças ao grupo de atletas.

A declaração do presidente Sérgio Sette Câmara depois do jogo contra o San Lorenzo ainda causa repercussão na Cidade do Galo. O dirigente confirmou que o clube abriu mão da Copa Sul-Americana em detrimento da participação com força total nas demais competições e chamou o torneio internacional de “Segunda Divisão da Libertadores”, com apelo financeiro menor – o clube deixou de arrecadar R$ 820 mil por não ter se classificado à segunda fase. O discurso foi diferente do adotado por Thiago Larghi, que garantiu que valorizou a Sul-Americana e escalou os atletas com melhores condições físicas.

A decisão de apostar nos reservas partiu inicialmente de Thiago Larghi, que se reuniu com o restante da comissão técnica depois do jogo contra o São Paulo, sábado à noite. Já a presença do goleiro Victor foi definida na segunda-feira à noite, por decisão da diretoria alvinegra, ciente de que o camisa 1 poderia ser fundamental numa eventual decisão por pênaltis.

A receita de abrir mão da competição internacional foi a mesma adotada por Cruzeiro e Corinthians na temporada passada. E os resultados em campo foram positivos: depois de serem eliminados nas fases iniciais da Copa Sul-Americana, as equipes venceram a Copa do Brasil e o Brasileiro, respectivamente. “São bons caminhos.
Você acaba se concentrando e tem jogadores em bom nível para disputar as demais competições. Fica difícil disputar todos os torneios com a mesma força. Infelizmente saímos da Sul-Americana, mas continuamos com objetivos à frente, agora com um calendário mais enxuto para termos mais força. Acreditamos no grupo que temos para deixarmos o torcedor mais confiante”, afirma o capitão Leonardo Silva.

Independentemente de a equipe ter se classificado ou não, o defensor acredita que a cobrança por resultados tende a ser grande nos próximos jogos: “A pressão seria a mesma se tivéssemos classificado contra o San Lorenzo. A cobrança é sempre grande quando os títulos importantes estão em disputa. A cobrança é igual. Fizemos grande jogo contra o San Lorenzo e agora é fortalecer o grupo. Vamos jogar o Brasileiro e a Copa do Brasil com o mesmo padrão e em busca dos dois títulos”.

Baseado no discurso dos dirigentes e da comissão técnica, o Galo promete força total a partir de agora até a parada para a Copa do Mundo. A pretensão da diretoria é de que a equipe atinja as três primeiras posições nesta primeira parte do Brasileiro. Serão oito jogos pela Série A – o próximo será diante do Atlético-PR, domingo, às 16h, na Arena da Baixada – e o duelo decisivo pelas oitavas de final da Copa do Brasil diante da Chapecoense, quarta-feira, em Chapecó – os mineiros precisam vencer para se classificar no tempo normal. Nesse período, Thiago Larghi terá apenas uma semana livre para trabalhar a equipe.

Mesmo com a queda diante do San Lorenzo, vários personagens ganharam crédito. Um deles é o técnico Thiago Larghi, que conseguiu dar ao time reserva o padrão dos titulares nos últimos jogos. Apesar disso, a diretoria não garantiu a sua efetivação, pelo menos até a Copa do Mundo.
Até la, vai pesar o desempenho da equipe nos jogos daqui para a frente.

O atacante Erik acredita que o time saberá administrar bem os jogos de agora em diante: “Temos um grupo bastante maduro. É o momento de focar no domingo, contra o Atlético-PR, e depois contra a Chapecoense. Temos de pensar num jogo de cada vez. Temos que chegar mais longe possível nas duas competições”.
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