Atlético
None

OPINIÃO

Cobrança a cada jogo

postado em 10/05/2018 09:00 / atualizado em 10/05/2018 08:29

BRUNO CANTINI / ATLÉTICO

O Atlético optou por abrir mão da Copa Sul-Americana, classificada pelo presidente Sérgio Sette Câmara como competição de segunda classe. Apesar de mandar o time titular para a Argentina no jogo de ida contra o San Lorenzo, poupou seus principais jogadores na partida de volta e parou na primeira fase. Fica a impressão de que essa decisão foi tomada depois do início do torneio continental. Caso contrário, seria um contrassenso. É uma escolha do comando do clube e tem que ser respeitada. Mas considero uma estratégia perigosa e que poderia ter sido postergada.

Continuo sem entender duas coisas: não daria para ter poupado alguns jogadores contra o São Paulo, no sábado passado, ou contra o Atlético-PR, neste domingo? É preciso descansar o time inteiro de uma vez? Com dois jogadores do ataque titular, o Atlético teria grandes chances de ter saído classificado na Sul-Americana e só voltaria a atuar pela competição depois do Mundial.

A Copa do Brasil é muito mais rentável, mas é preciso avançar para garantir o dinheiro nos cofres do clube. Por isso, passar pela Chapecoense, em território inimigo, passa a ser obrigação para o time na semana que vem. Eventual desclassificação na quarta-feira fará com que cada jogo do Brasileiro seja uma decisão, tamanha a pressão que cairá sobre o time.

Mas, se estivesse ainda na Sul-Americana, tiraria um pouco do peso de um possível revés em Santa Catarina. Se seguisse nas duas competições, ótimo. Caso o calendário ficasse apertado demais, aí sim poderia ser feita a opção pelo torneio nacional, que já estaria na fase de quartas de final.

Pode dar certo? Claro que sim. O Atlético pode seguir na Copa do Brasil e brigar pelo título do Campeonato Brasileiro, sem dúvida alguma. Mas o discurso do comandante pôs mais pressão sobre os seus soldados, responsáveis por cumprir a missão.

Tags: San Lorenzo sul-americana galo