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Choro no vestiário, ida à igreja e cabeça quente: Róger Guedes tenta dar a volta por cima no Atlético e diz: 'Sou um menino bom'

Atacante espera recuperar espaço com a camisa do Galo após gol no Castelão

Redação
Grupo alvinegro comemorou com Róger Guedes o gol marcado pelo atacante diante do Ferroviário-CE - Foto: Bruno Cantini/Atlético
Róger Guedes vivia momento ruim com a camisa do Atlético. Criticado pelo torcedor, o jogador não vinha rendendo e acabou perdendo espaço com Thiago Larghi. O ‘inferno astral’ do atacante parecia não ter fim e ganhou mais capítulos, como a discussão com Tomás Andrade em treino na Cidade do Galo e o passe errado que originou o contra-ataque do Vasco em São Januário, que teve como consequência um pênalti cometido por Bremer e o gol da derrota alvinegra, marcado por Yago Pikachu. Mas, na noite desta quarta-feira, o camisa 23 teve, enfim, motivos para voltar a sorrir. Foi dele o primeiro gol do Galo no empate por 2 a 2 com o Ferroviário-CE, no Castelão, que levou a equipe atleticana às oitavas de final da Copa do Brasil.

Róger Guedes mostrou muita disposição contra o Ferroviário. Deixou o campo exausto. Ele contribuiu com dois desarmes e cinco finalizações, sendo duas delas na direção do gol. No segundo tempo, em bela finalização de fora da área, balançou as redes de Léo.

O atacante revelou que chorou no vestiário de São Januário após a derrota para o Vasco.
Ele foi consolado por todo o grupo, mas, principalmente, pelo lateral-esquerdo Fábio Santos e pelo auxiliar técnico Éder Aleixo, de quem ouviu conselhos. Durante a semana, Róger foi à igreja para tentar afastar a fase ruim. E parece que a receita escolhida por ele deu certo.

“Eu estava precisando mesmo disso. Na semana, fui à igreja e pedi muito para fazer gol. Então, Deus me coroou com esse gol. É agradecer a Deus e aos meus companheiros. Quanto ao lance, qualquer um pode errar. Mas o momento que eu estava passando, com a cabeça quente… A torcida, às vezes, pega um pouco no pé. Eu poderia ter optado por aquele lance, uma jogada difícil de fazer num contra-ataque. É difícil eu errar um contra-ataque daquele. Mas estou muito feliz, de cabeça erguida agora. Estou feliz novamente. Espero ajudar o Atlético daqui para frente”, disse o atacante.

Róger Guedes também tenta acabar com o ‘codinome’ problema que vem carregando.
Ele também teve casos de indisciplina no Palmeiras em 2017. Neste ano, chegou a reclamar de ser substituído por Thiago Larghi. No entanto, ele afirma que fica de cabeça quente e acaba ficando com o ‘nome sujo’. O atacante se considera um ‘garoto sensacional’.

“Estou muito feliz aqui no Atlético, onde encontrei um grupo maravilhoso. Sempre falei isso mesmo. A imprensa colocou isso de eu ter que sair, que eu estava mal com o grupo. Mas não tem nada disso. Todo mundo sabe que eu sou um menino bom, um garoto sensacional com todo mundo. Mas algumas brigas minhas de cabeça quente, a imprensa acaba sujando meu nome, falando que eu sou mal de grupo. Mas não tem nada disso.
Quem me conhece sabe a pessoa que eu sou. Às vezes, sou meio cabeça quente e acabo estourando fácil. Mas estou melhorando isso cada dia mais, com a ajuda dos meus companheiros e da minha família”.

Róger deixou claro que não quer deixar o Atlético. Para isso, vai lutar para recuperar a titularidade no clube. “Eu sempre falo que a gente tem que botar a dúvida no Thiago. Converso bastante com ele. Ele me dá bastante liberdade com isso. Vamos ver daqui para frente. Mas é respeitar os companheiros que estão jogando na posição. Vou buscar meu espaço a cada dia”, concluiu.

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