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Atlético fecha temporada 2017 com déficit de R$ 25 milhões; veja os detalhes

Balanço financeiro será debatido pelos conselheiros na próxima segunda-feira

João Vitor Marques
Último ano de administração de Daniel Nepomuceno foi de resultado negativo nas finanças - Foto: Bruno Cantini/Atlético

Os números explicam a postura da nova diretoria do Atlético. O balanço financeiro que será discutido pelos conselheiros na noite da próxima segunda-feira mostra que o clube alvinegro teve déficit de R$ 25,1 milhões em 2017, último ano do mandato de Daniel Nepomuceno. A ideia de Sérgio Sette Câmara é justamente ‘enxugar’ as contas para, quem sabe, voltar a ter lucro - cenário de 2016, quando foram registrados R$ 2,1 milhões de superávit.

Os valores - informados inicialmente pelo Uol - foram confirmados pelo Superesportes, que teve acesso ao balanço. O documento detalha as finanças do Atlético na última temporada.

Entradas

A receita bruta registrada pelo clube em 2017 foi de R$ 311,3 milhões - cinco milhões a menos que em 2016, quando o valor foi de R$ 316,3 milhões. A queda nas cifras ocorreu, especialmente, nas operações relacionadas ao futebol profissional.

Em comparação com a temporada anterior, o Atlético arrecadou menos em quatro dos seis tópicos descritos na demonstração do resultado financeiro: bilheteria, transferências de atletas, sócio Galo na Veia e ‘outras atividades recreativas’. O saldo foi positivo nas receitas de patrocínio/marketing e de transmissão e imagem. Navegue pelo gráfico abaixo:


O clube arrecadou ainda R$ 10,1 milhões com receitas ligadas aos clubes sociais e R$ 9,9 milhões em receitas patrimoniais. Os valores são, respectivamente, R$ 205 mil e R$ 471 mil superiores aos de 2016.

Saídas

O Atlético gastou quase R$ 7 milhões a mais com o futebol profissional em 2017 em comparação a 2016.
Foram R$ 250,2 milhões despendidos em três ‘categorias’ diferentes: ‘custo com pessoal/direito de imagem’, ‘custo com atividades de futebol’ e ‘custos gerais’. Veja no gráfico abaixo:



Os gastos com os clubes sociais e despesas operacionais também aumentaram. No primeiro caso, passaram de R$ 9,9 milhões para R$ 10,2 milhões; no segundo, por sua vez, foram de R$ 70,6 milhões para R$ 86,2 milhões.
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