O curioso é que, poucos dias antes do primeiro jogo da final do Estadual, o Atlético estava cercado de desconfiança. As criticas ao presidente Sérgio Sette Câmara e ao diretor de futebol Alexandre Gallo eram recorrentes. Em campo, o time não estava com a performance esperada inicialmente, apesar da crescente desde que Thiago Larghi assumiu o comando.
Câmara chegou a ironizar os 'cornetas', chamando o Atlético de 'patinho feio': “Atlético pela 12ª vez seguida na final do Campeonato Mineiro. Devagarzinho, o patinho feio vai chegando. Vamos ver como serão essas finais, e tenho certeza que teremos dois clássicos maravilhosos”, disse o presidente alvinegro, depois de o time eliminar o América na semifinal.
Em menos de uma semana, o Atlético mudou de figura. O time cresceu coletivamente, empurrado pelo futebol pujante do volante Adilson, do meia Otero e do artilheiro Ricardo Oliveira. No primeiro jogo da final do Estadual, o Galo conseguiu sufocar o Cruzeiro e ganhou por 3 a 1, no Independência.
Na última quarta-feira, o Galo jogou pela Copa do Brasil e ganhou ainda mais moral para a decisão do Estadual. Mesmo poupando alguns titulares, o time de Thiago Larghi fez 4 a 0 no Ferroviário-CE e encaminhou a vaga para as oitavas de final do torneio nacional.
A empolgação da torcida é grande para a final. Prova disso é que os ingressos destinados aos torcedores do Atlético para a decisão do Campeonato Mineiro estão esgotados. O Galo anunciou que todos os 6 mil bilhetes de visitantes para a decisão estadual contra o Cruzeiro foram vendidos.
Por causa da vantagem, o Galo pode perder a finalíssima por até 1 a 0 que fica com a taça. O 'patinho feio' passou a ser o time a ser batido na final do Campeonato Mineiro.