Fora de campo, o bom momento do Atlético está diretamente relacionado ao trabalho de Thiago Larghi. Dentro das quatro linhas, a crescente alvinegra seria impossibilitada não fossem as atuações de Cazares, Otero e Ricardo Oliveira. O trio é responsável direto por 78,5% dos gols do time na temporada 2018.

O Atlético balançou as redes rivais 28 vezes no ano - 21 no Campeonato Mineiro, sete na Copa do Brasil. Os três estiveram em 22 situações que originaram gols, seja com assistências, seja com finalizações. O time alvinegro conseguiu superar as defesas rivais em 16 das 19 partidas disputadas na temporada. Apenas três delas (contra Tombense, URT e Atlético-AC) não contaram com participações decisivas do trio.

Ricardo Oliveira é o artilheiro do Atlético, com oito gols marcados. O experiente centroavante de 38 anos divide com Miguel Borja, do Palmeiras, o posto de maior goleador de 2018 entre jogadores dos chamados ‘12 times grandes’ do país. O colombiano, entretanto, alcançou a marca com um menor número de jogos: 12 contra 16 do atacante alvinegro.

“É o que a gente tem que aproveitar na nossa equipe, a qualidade desses caras. Batem na bola como ninguém. Temos que aproveitar as movimentações e a altura que temos, com bons cabeceadores, para fazer o que fizemos”, disse Ricardo Oliveira após marcar duas vezes contra o Cruzeiro, no último domingo.

Cazares é o vice-artilheiro do Atlético no ano, com três gols. O volante Elias e o atacante Róger Guedes, relegado ao banco de reservas nos últimos jogos, também marcaram o mesmo número de vezes. Rómulo Otero, por sua vez, balançou as redes rivais apenas uma vez na temporada: na vitória por 1 a 0 contra o Figueirense, pela partida de ida da terceira fase da Copa do Brasil.

Apesar de não repetir a fase artilheira vivida no final de 2017, o meia venezuelano é destaque nacional no quesito assistências. Foram impressionantes nove passes para gol. Os últimos três foram registrados no clássico contra o Cruzeiro, no último domingo. Otero serviu Ricardo Oliveira e Adilson na vitória por 3 a 1, pela partida de ida da final do Campeonato Mineiro.

“Realmente, o Otero é um excelente cobrador de bola parada, de pé esquerdo e perna direita. Poucos jogadores no futebol fazem isso e têm essa qualidade. E ele vem treinando bem, de modo sério e o resultado vem, acontece”, elogiou o técnico Thiago Larghi.

A dupla de meias gringos tem se destacado em mais uma temporada com a camisa do Atlético. Após perder a titularidade em função do desempenho irregular, Cazares retomou a titularidade e apresenta números consistentes. Além dos três gols, distribuiu três assistências no ano - mesma quantidade registrada por Erik, com quem o equatoriano divide a vice-liderança do ‘ranking’ alvinegro de passes decisivos.

Mas não é só isso. Cazares tem sido mais participativo taticamente. Deslocado do centro para a esquerda no clássico, foi peça importante também na recomposição e na saída de bola. O desempenho contra o Cruzeiro rendeu elogios do chefe.

“O Cazares está se aplicando nos treinos e nos jogos. É uma mudança que parte dele. Quando o jogador quer, com a capacidade que o Cazares tem, ele consegue. Ele compreende o jogo, ocupa bem o espaço, é acima da média tecnicamente. É uma atitude dele para compreender como queremos que ele jogue e executar. Ele tem toda a capacidade de fazer a função que a gente pede. E ele vem executando e ajudando muito o time a conquistar os resultados”, analisou Thiago Larghi.

Cazares: três gols e três assistências em 15 jogos (dez como titular)

Otero: um gol e nove assistências em 15 jogos (12 como titular)

Ricardo Oliveira: oito gols e duas assistências em 16 jogos (todos como titular)