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Presidente do Atlético promete 'interpelar judicialmente' dirigente do América por insinuações

Sérgio Sette Câmara não gostou das declarações de Marcus Salum

postado em 25/03/2018 19:00 / atualizado em 25/03/2018 20:07

Bruno Cantini/Atlético
O presidente do Atlético, Sérgio Sette Câmara, esperou o fim da eliminatória contra o América para desabafar sobre os episódios que aconteceram nos últimos dias. A polêmica com a arbitragem nos clássicos anteriores fez o Alviverde insinuar que a arbitragem ‘vestia a camisa alvinegra’ para apitar. Após a classificação do Galo, o mandatário afirmou que a sua equipe foi superior sobre o adversário nos três confrontos que aconteceram em 2018.


“Vou fazer um pronunciamento muito breve. Ficamos calados em todos esses dias. Esperei acabar o jogo para falar à respeito do que aconteceu nos últimos dias. Foi nossa terceira vitória sobre o América. Vi muitas reclamações. O primeiro foi 3 a 0, a segunda 1 a 0, com um baile de nossa equipe, perdemos muitos gols. Hoje, mais uma vez, outra vitória, o que demonstra que nossa equipe foi superior nas três partidas”, disse. 

Mas foram as palavras seguintes que do presidente que chamaram a atenção. Sette Câmara afirmou que vai interpelar judicialmente o presidente do América, Marcus Salum, pelas palavras ditas em entrevista à Rádio Itatiaia, na última sexta-feira. O mandatário alvinegro afirmou que nem ele e nem outros funcionários do Atlético podem ter o ‘nome jogado na lama’. 

“ Eu tinha uma questão muito importante para falar sobre as palavras proferidas pelo presidente do América, Marcus Salum. Ele tem que entender que deve haver respeito às pessoas, aos dirigentes dos clubes, das federações . Ele não pode falar aos ventos como ele fez na última sexta-feira em uma rádio em Belo Horizonte. Pessoas não podem ter seu nome manchado. O Atlético possui pessoas honestas, corretas, trabalhadoras, em que o maior patrimônio é o seu nome. E a Federação também é assim, conheço bem o Castellar, uma pessoa correta, um advogado brilhante, um grande jurista. A gente não pode ter o nome jogado na lama e aventar que haveria algum tipo de conluio entre nós, federação, arbitragem. Isso não pode acontecer. Nesse aspecto, vamos interpelar judicialmente o presidente do América, Marcus Salum. Ele que dê nome aos bois. Se ele não fizer isso, ele vai ter que responder judicialmente. Vamos buscar reparação nesse dano. Entendemos que foi muito grave o que ele fez durante essa semana. Acho que ele prejudicou muito o time dele, pilhou demais os jogadores, que ficaram mais preocupados com a questão da arbitragem e se esqueceram de jogar bola.  Resultado, Atlético pela 12ª vez seguida na final do Campeonato Mineiro. Devagarzinho o patinho feio vai chegando. Vamos ver como vão ser essas finais. Tenho certeza que vamos ter dois clássicos maravilhosos”. 

Entrevista de Salum

Em entrevista ao programa Turma do Bate Bola, da Rádio Itatiaia, na última sexta-feira, Salum explicou ao torcedor do América que fez de tudo para ter arbitragem de fora do estado no confronto da semifinal. Ele afirmou que o gol do Atlético na primeira semifinal só foi validado porque era a camisa alvinegra.

“O América entrou com um pedido na Federação, e eu só tinha dois caminhos: aceitar as regras da FMF, que era um sorteio entre um mineiro e um árbitro de fora, ou não disputar o jogo. Infelizmente deu mineiro no sorteio, e por uma incompetência, ou falta de previsão da FMF, colocaram o mesmo árbitro. E ele foi regular. Errou no primeiro jogo e errou no segundo, sempre a favor do mesmo time. Esse árbitro foi apitar jogo com papelzinho na mão, para saber quem tinha dois cartões do Atlético. Leonardo Silva não tomar cartão amarelo naquele último lance é um desrespeito para o futebol mineiro. O cartão que o Jory tomou do Elias, que entrou com o pé na barriga dele, é um desrespeito ao futebol mineiro. O gol anulado do Aylon é um desrespeito. No gol do Atlético, o árbitro olhou para a camisa e confirmou. Se fosse nosso, ele teria anulado”.

Marcus Salum evitou criticar o presidente da FMF, Castellar Guimarães Neto, e o mandatário da Comissão de Arbitragem também da entidade, Giuliano Bozzano. Salum reconheceu a coerência da direção da Federação ao tirarem o auxiliar Guilherme Dias Camilo de escala. No entanto, o presidente alviverde criticou Igor Júnio Benevenuto, afirmando que a ‘camisa está pesando’, por conta da pressão.

“Não posso duvidar da idoneidade das pessoas, principalmente do Castellar e do Giuliano. Acredito que colocaram o Igor porque acharam que ele era o melhor árbitro. O bandeira eles tiraram porque fez aquele desastre naquele jogo. Eles acharam que o juiz não tinha culpa naquilo, coisa que eu discordo, tanto é que eu falei que a Federação puxou para ela a responsabilidade. Entenderam que o Igor era o melhor árbitro mineiro. É um árbitro com potencial, mas a camisa está pesando”, disse Salum.

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