Apoiado pelos jogadores e vindo de vitória no clássico diante do América, Thiago Larghi pouco a pouco vai ganhando mais respaldo no Atlético. Enquanto a diretoria estuda e aguarda a melhor opção de mercado para suceder Oswaldo de Oliveira, o jovem auxiliar técnico, de 37 anos, aproveita o tempo e os jogos para se valorizar cada vez mais.
Nesta terça-feira, véspera do confronto único com o Botafogo-PB, em João Pessoa, pela segunda fase da Copa do Brasil, presidente atleticano Sérgio Sette Câmara ressaltou a importância do auxiliar.
“Alegra, obviamente. Acho que todo mundo tem o direito a uma oportunidade. Nós não estamos dizendo que o Thiago (Larghi) já tenha sido efetivado. Ele, na verdade, é um funcionário do clube. É um funcionário fixo, um auxiliar fixo. Está ali mesmo para cobrir eventuais saídas de treinadores”, disse o dirigente.
Queda de Oswaldo
Embora tenha bancado em seu início de gestão a permanência de Oswaldo de Oliveira, técnico contratado por seu antecessor, Daniel Nepomuceno, Sérgio Sette Câmara revelou que não via no carioca o nome ideal para o clube. Demitido no dia 9 de fevereiro, Oliveira dirigiu o time em apenas seis jogos em 2018: duas vitórias, três empates e uma derrota.
“Eu quero lembrar que o Oswaldo de Oliveira não foi meu treinador. Quando eu entrei no Atlético, fui eleito no dia 11 de dezembro e tomei posse no dia 12, eu tive muito pouco tempo para poder preparar o Atlético para 2018. Entendi, naquela oportunidade, que era mais inteligente manter a comissão técnica, o Oswaldo de Oliveira”, alegou.
“Ele tinha chegado no final de setembro, fez um ótimo trabalho. Tanto que o Atlético, naquela época, namorava, sim, com a possibilidade de cair para a Segunda Divisão. Chegou até a entrar (na zona de rebaixamento) em alguma rodada, salvo engano. Ao final, quase que ele consegue classificar o time para a Libertadores. Então, teria feito a segunda ou terceira melhor campanha com o Atlético. Com mérito, acho que tinha que ser mantido como treinador”, afirmou Sette Câmara.
“Se eu tivesse feito o contrário, tivesse tirado o Oswaldo, tivesse escolhido um outro treinador e estivéssemos nesta situação… Não diria hoje, mas aquela antes do jogo contra o América, porque já deu uma melhoradinha, muita gente poderia estar me criticando não pelo fato de ter mantido, ao contrário, mas pelo fato de ter tido a irresponsabilidade de tirar um treinador que tinha feito uma boa campanha e que merecia ter ficado no cargo. Futebol é assim mesmo. Tem muito engenheiro de obra pronta. É muito fácil, depois que a coisa aconteceu, criticar. Acho que nós fizemos o correto”, finalizou.