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'ToMessi' Andrade? Argentino ri de memes, se 'derrete' pela torcida do Atlético e prega cautela: 'Foram oito minutos e só isso'

Meia foi protagonista na vitória alvinegra por 3 a 0 sobre o América, no Horto

João Vitor Marques
Torcedores do Atlético criaram montagens e fizeram comparações com o nome do meia argentino - Foto: Bruno Cantini/Atlético
Nada como uma vitória no clássico para dar novo ânimo a um ambiente conturbado. Para Tomás Andrade, o triunfo por 3 a 0 do Atlético sobre o América significou também o início de um processo para deixar as desconfianças de lado. O meia argentino estreou bem e participou diretamente de dois gols alvinegros.

Substituto de Otero, Tomás entrou em campo aos 38' do segundo tempo. Assim que foi acionado, passou para Róger Guedes finalizar cruzado. Norberto, contra, empurrou para as redes. Pouco tempo depois, o argentino encontrou Ricardo Oliveira livre. O centroavante não perdoou e fechou a conta.

A boa atuação empolgou torcedores do Atlético, desconfiados inicialmente em função da irregularidade apresentada pelo meia em outros clubes (River Plate e Bournemouth). Os memes - compartilhados aos montes nas redes sociais - até divertiram Tomás Andrade.
Ele, entretanto, foi cauteloso.

“Amigos, família mandaram. Agora, é fácil. Pelo Twitter dá para ver de todos os lugares, Inglaterra... Família, amigos, me mandaram os memes. Mas tenho que ser consciente de que joguei só oito minutos. Tenho que manter os pés no chão, ficar tranquilo. É o início”, disse, durante entrevista coletiva nesta segunda-feira, na Cidade do Galo.

Empolgados com a boa estreia, torcedores do Atlético criaram montagens e fizeram comparações com o nome do meia. Com semblante sério, o argentino descartou ser ‘ToMessi Andrade’ ou ‘ToMaradona’ - termos utilizados por atleticanos nas redes sociais.

“Obviamente eu vi (os memes), porque tenho 21 anos e convivo com as redes sociais. Não devo crer nisso. Messi é um só, Maradona é um só, Pelé é um só. Eu sou Tomás, não ganhei nada ainda. Então devo ficar tranquilo, fazer meu caminho com tranquilidade, é o meu começo. Foram oito minutos e só isso”, completou.

O carinho do torcedor, entretanto, foi bastante lembrado.
O argentino agradeceu por ter ouvido o próprio nome cantado no Independência.

“O torcedor é muito apaixonado, seguidor, fiel. Muito parecido com a Argentina, que acompanha bastante e fica com o time. Creio que todos jogadores gostam que a torcida goste deles, que grite o nome, como foi ontem (domingo)”, disse.

Adaptação

O discurso cauteloso de Tomás Andrade se mistura com o desejo de repetir a boa atuação nas próximas partidas. Para isso, o meia aposta na rápida adaptação ao Brasil e ao futebol local.

“Gostei muito da cidade. Estou muito tranquilo aqui. Uma cidade tranquila, uma equipe que tem uma torcida muito importante, fervorosa, como dizem na Argentina. Estou bem e confortável. Eu penso que o futebol é um só. Joga-se com a mesma bola, com 11 jogadores de cada lado. Se companheiros, comissão técnica ajudam e é mais fácil.
Aqui, achei um grupo muito bom, com pessoas muito boas. Então foi muito confortável. Espero conseguir mais jogos como o de ontem”, disse Tomás Andrade.

A principal diferença entre o futebol argentino e o brasileiro, segundo o meia, é a dinâmica do jogo. O ‘enganche’ disse que, apesar do pouco tempo de Atlético, percebeu a possibilidade de controlar a bola por mais tempo.

“Na Argentina joguei muito mais vezes que aqui. Acho que na Argentina os jogadores pressionam mais. Aqui, pode pensar um pouco mais. Pode jogar com um pouco mais de tempo. Creio que, para o jogador que joga na minha posição, é um futebol muito bom. Jogaram muitos argentinos aqui, como o Montillo, o D’Alessandro, o Dátolo. Estou confortável aqui. Me sinto muito bem”, completou.

Tomás Andrade pode ter a chance de jogar mais uma vez nesta quarta-feira. O Atlético visitará o Botafogo-PB e contará com a presença do meia. O jogo, marcado para o Almeidão, em João Pessoa, vale pela segunda fase da Copa do Brasil. O time que vencer avança. Empate leva a decisão para os pênaltis.

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