“O grupo, hoje, nos proporciona velocidade bastante acentuada. A gente tem jogadores rápidos pelos lados. Foi questão de respeito pelo adversário, pois a gente sabia que tinha uma equipe qualificada, com boa posse de bola. A gente tinha que defender, se aplicar bem na defesa para não sofrer gol. A gente não sofrendo gol, a gente sabe que a chance de marcar um gol é grande, com nosso time qualificado como é. Graças a Deus, conseguimos”, analisou o auxiliar de 37 anos.
Em diversos momentos da partida - especialmente nas primeiras metades dos dois tempos -, o América teve o domínio da posse. A superioridade territorial, entretanto, foi do Atlético. O desempenho alvinegro foi bom, mas sofreu questionamentos especialmente em função das polêmicas de arbitragem.
No primeiro gol do jogo, a bola não entrou. Em um lance muito semelhante, o auxiliar Guilherme Dias Camilo, de forma equivocada, não confirmou o empate do América. Thiago Larghi preferiu não comentar a polêmica.
“É um assunto muito delicado falar da arbitragem. Eu ainda nem vi o lance, então não tenho uma opinião formada. Eu prefiro dizer que não tenho opinião sobre a arbitragem, prefiro não falar sobre a arbitragem, porque é uma situação diferente”, disse.
Mudanças
“A permanência do Adilson em relação ao último jogo… Ele entrou bem no jogo, acho que teve um desempenho bem satisfatório, mostrou que essa pré-temporada, apesar de ele ter ido para a Florida Cup… Ele voltou a fim de recuperar o espaço. Qualidade a gente sempre soube que ele tem. E vem trabalhando para isso. A opção da lateral foi junto com a comissão técnica, com todos aqui. Tomamos a decisão. Patric vem treinando bem. Sabíamos que o América tinha um lado esquerdo forte. No último jogo, com o Uberlândia, jogou o Aylon. Mas sabíamos da possibilidade do Luan. E tem o Giovanni, que é um lateral que vira um ponta-esquerdo, entra na área toda hora. A gente optou pelo Patric também pela bola aérea defensiva, sabendo que ele ia bem nessas situações”, explicou Thiago Larghi.
O auxiliar se mostrou importante também durante a partida. A opção por lançar o argentino Tomás Andrade no lugar de Otero se mostrou acertada. Em pouco tempo no campo, o meia canhoto participou diretamente de dois gols do Atlético.
“O Tomás é um jogador que vem trabalhando no dia a dia, passo a passo. Ele tem muita qualidade. Chegou aqui com o trabalho de observação do Bernardo (Motta, observador técnico), do (Alexandre) Gallo juntamente, o apoio de toda a diretoria, que não mediu esforços para trazê-lo. É um jogador que tem muita qualidade. A gente acreditava nisso. Sabia que era a hora (de colocá-lo em campo)”, disse.
Apesar dos elogios recebidos, Thiago Larghi preferiu exaltar os jogadores do Atlético pela vitória no clássico, que faz com que o time se reabilite no Campeonato Mineiro. No segundo tempo, jogadas ensaiadas durante os treinamentos foram colocadas em prática.
“O empenho deles que fez a diferença. A execução parte deles. O Tomás (Andrade), que treinou isso aí, executou muito bem. É mérito total deles. Um adversário grande do outro lado, que tinha qualidade. A gente tinha que se precaver da melhor maneira possível”, concluiu.
A vitória dá moral a Thiago Larghi. O auxiliar inicia a semana de trabalho como treinador. A tendência é que ele siga no comando do Atlético na partida contra o Botafogo-PB, pela Copa do Brasil, nesta quarta-feira. O jogo está marcado para o Almeidão, em João Pessoa.