Até o momento, sabe-se que três treinadores entraram em pauta nas discussões da diretoria do Atlético: Abel Braga (Fluminense), Cuca (sem clube) e Fábio Carille (Corinthians). As tratativas, entretanto, não avançaram.
Abel não quis confirmar publicamente que foi procurado pelo Atlético. No caso de Carille, foi ele mesmo que confirmou a sondagem do clube mineiro. Cuca, por sua vez, pretende voltar a trabalhar apenas após a Copa do Mundo, que se encerra em 15 de julho.
Além de Alexandre Gallo, também participam das conversas para tratar do próximo comandante o presidente Sérgio Sette Câmara e o vice Lásaro Cândido da Cunha.
Os três procurados
Os estilos mais conflitantes são os de Cuca e Fábio Carille, os dois últimos campeões brasileiros. O ex-treinador do Palmeiras conquistou a Copa Libertadores de 2013 com o Atlético e desfruta de grande prestígio entre os torcedores.
Foi justamente o paranaense que ajudou a estabelecer o estilo ‘Galo Doido’ - jogo de intensidade, pressão na marcação e muita ofensividade. O modelo de jogo estabelecido nos tempos de Atlético se repetiu, por exemplo, no Palmeiras campeão nacional em 2016.
O técnico aposta em um combate ‘agressivo’ e menos posicional. Os times de Cuca marcam com linhas altas - a famosa ‘pressão’, citada por Alexandre Gallo e que tanto deu resultado no Atlético e no Palmeiras. Não à toa, a intensidade pedida pelo treinador faz com que as equipes comandadas por ele muitas vezes abram o placar nos primeiros minutos dos jogos.
Fábio Carille é exatamente o oposto de Cuca, ao menos quando se trata do momento defensivo. O jovem comandante opta pela marcação por zona. A ideia é que os jogadores não façam longas perseguições aos adversários, mas apostem no bom posicionamento.
O Corinthians de 2017, que teve o melhor primeiro turno da história do Campeonato Brasileiro de pontos corridos, ficou conhecido por não marcar com linhas altas - ao contrário do gosto de Cuca e do que foi citado por Gallo. O time alvinegro esperava o adversário, roubava bolas no próprio campo e, por vezes, ‘matava’ o jogo em contra-ataques fatais.
Em 2017, Cuca e Carille montaram equipes no 4-2-3-1. O corintiano aposta no 4-1-4-1 nesta temporada. A configuração tática, entretanto, apenas ‘molda’ o posicionamento dos jogadores. O ponto mais importante é o modelo de jogo proposto pelo comandante. É justamente por isso que, mesmo com sistemas iguais, as equipes paulistas atuavam de formas tão diferentes.
Abel Braga, por sua vez, não conseguiu fazer com que o limitado time do Fluminense brigasse por posições na parte de cima do Campeonato Brasileiro de 2017. O experiente treinador variou com frequência o estilo de jogo, mas também apostou no 4-2-3-1 ao longo da temporada.
As dificuldades enfrentadas na Série A obrigavam o time carioca a se preocupar primeiramente com a marcação. Vale ressaltar, entretanto, que Abel Braga já fez trabalhos em que os times eram mais ofensivos.
Enquanto a diretoria alvinegra não fecha com um novo treinador, o auxiliar permanente Thiago Larghi comanda a equipe. Remanescente da comissão técnica de Oswaldo de Oliveira, ele já dirigiu o Atlético na derrota por 2 a 1 para a Caldense. O próximo jogo será neste domingo, às 17h (de Brasília), contra o América. A partida vale pela sétima do rodada do Campeonato Mineiro..