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Carlos César dá 'receita de sucesso' ao futuro treinador do Atlético e recomenda ao clube fazer trabalho de longo prazo

Lateral-direito confessa mal-estar com saída de técnicos, e pede continuidade ao projeto do próximo profissional que chegará à Cidade do Galo

postado em 14/02/2018 15:55 / atualizado em 15/02/2018 09:03

Bruno Cantini/Atlético
O comando técnico do Atlético foi ocupado em cinco oportunidades nos últimos dois anos: Diego Aguirre, Marcelo Oliveira, Roger Machado, Rogério Micale e Oswaldo de Oliveira. A alta rotatividade de profissionais tem gerado um mal-estar no elenco. É o que garante o lateral-direito Carlos César.

Para o lateral, a equipe precisa esquecer todo este momento de mudança e focar em campo para conseguir superar a má fase na temporada. Entretanto, Carlos César não escondeu o desconforto pelas diversas trocas de treinadores. No Atlético desde 2011, o jogador presenciou todas as alterações no comando técnico do time.

“Não é bom. Até pelo momento que a gente vive, ninguém planeja uma situação dessas. Mas nós jogadores já temos experiência de, ao longo da carreira, passar situações como essas. Temos que focar na partida e entender que o presidente e diretoria tomaram a melhor decisão. Temos que entrar no jogo e esquecer um pouco esse momento de mudanças. Gera um pouco de mal-estar porque pega de surpresa todos os jogadores, como a comissão. As vezes tem uma ligação de um jogador com o treinador pela ajuda, pelo dia-a-dia”, declarou.

Carlos César passou recomendações à diretoria do Atlético e ao futuro treinador do alvinegro. Para os dirigentes, o lateral-direito pregou continuidade ao trabalho do próximo técnico, além de manter a base do elenco atuando juntos pelo maior tempo possível. Ao comandante que ainda chegará à Cidade do Galo, o jogador recomendou estudar sobre os times campeões em 2013 e 2014, conciliando com conselhos da torcida, além de conhecer as características do alvinegro.

“Um planejamento de um grupo vitorioso precisa de um tempo maior de trabalho. Um ano de decorrente com o mesmo treinador, uma linha de trabalho, um grupo que vem trabalhando junto. Uma frase que ouvi: uma mudança gera esperança. Nós jogadores esperamos, sim, que possa chegar um comandante que venha se adaptar ao momento que o Atlético vive, venha se adaptar e conhecer as características do clube, do Atlético, aquilo que tem ele tem que fazer dentro de campo, o que a torcida pede, os anos que foram vitoriosos, como foi jogado, trabalhado, e por que que as vitórias vieram. Dentro de campo é essa resposta que temos que dar ao torcedor. Temos que estar em sintonia para as coisas acontecerem”, analisou.

União para responder cobranças

A divisão de responsabilidades também será melhor trabalhado daqui para frente para que a pressão não chegue no novo treinador, visando maior tempo de trabalho. Carlos César garante que, sobretudo os jogadores experientes do elenco, irão absorver toda a questão externa, dando tranquilidade para o futuro comandante trabalhar.

“Pesa muito. Até para o treinador que chega agora, pelo fato de não estar permanecendo tanto, tem afetado muito. Pode ser que nós do grupo vamos acolher mais, ter uma opinião diferente para entrarmos em uma sintonia melhor. Os anos de carreira nos deixam um pouco calejado em questões de cobrança. Outro dia estava comentando que fui ao supermercado, o cara levantou da cadeira e me puxou pelo braço. Conversei com ele e disse que não precisava dessas coisas. A carreira é que te faz agir dessa forma, e não responder com a mesma atitude. Acabamos aceitando certas invasões. Acredito que nós jogadores que temos experiência, podemos ter um controle melhor, focados na partida para tentarmos mudar essa situação”, concluiu.

A primeira oportunidade para driblar a situação citada por Carlos César será no clássico contra o América, no domingo, às 17h, no estádio Independência, pela 7ª rodada do Campeonato Mineiro. O Atlético atualmente ocupa a 4ª posição, com oito pontos.

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