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Bola aérea vira 'pesadelo' do Atlético no início da temporada 2018; veja a análise

Defesa foi vazada apenas duas vezes de forma diferente nesta temporada

postado em 11/02/2018 06:00 / atualizado em 11/02/2018 09:31

Ramon Lisboa/EM/D.A. Press

Em sete jogos na temporada 2018, o Atlético levou seis gols. Destes, quatro foram em lances de bola aérea. Apesar de ser apenas o início do ano, o time alvinegro tem demonstrado, em partidas consecutivas, problemas nesse tipo de jogada - sejam individuais, sejam coletivos.

O primeiro gol não originado em lances de bola aérea foi o sofrido em cobrança de pênalti, na derrota por 1 a 0 para o Villa Nova, pela terceira rodada do Campeonato Mineiro. Nesse sábado, Potita garantiu a virada da Caldense por 2 a 1 em uma jogada pelo chão.

Atlético 2 x 2 Patrocinense

Reprodução

No jogo contra o Patrocinense, o Atlético sofreu dois gols em lances de bola aérea. O primeiro deles, marcado por Marcelo Régis, expõe uma deficiência que se repetiu seguidas vezes em 2018: a inferioridade numérica.

Na jogada (veja na foto acima), são apenas três jogadores do Atlético contra quatro do Patrocinense. Tudo isso num setor considerado decisivo, em que boa parte dos gols de cabeça são marcados. 

O lance explora, também, a baixa estatura de Samuel Xavier, de 1,67m. O lateral-direito estava presente na jogada de três dos quatro gols sofridos pelo time em bolas alçadas na área na temporada 2018.

No segundo tento do time do interior, são quatro jogadores do Atlético contra quatro do Patrocinense - uma situação que também deve ser evitada, de acordo com os conceitos estabelecidos por grande parte dos treinadores do futebol mundial.

O ideal é que o time que defende tenha, pelo menos, um ou dois atletas a mais que o adversário em lances de bola aérea. Com Oswaldo de Oliveira, treinador à época, não era diferente. Tanto é que, em jogadas de de escanteio, o comandante pedia que até os dez jogadores de linha participassem da marcação dentro da área.

Atlético-AC 1 x 1 Atlético

O simples fato de ter mais atletas que o adversário na disputa de um lance não significa que a defesa levará vantagem. E o Atlético é prova disso. No jogo da Copa do Brasil, o xará acreano se utilizou, diversas vezes, da estratégia de cobrar escanteios na segunda trave. Tudo isso claramente planejado pelo treinador Álvaro Miguéis.

O gol marcado por Felix é, na verdade, em um rebote de escanteio. Na cobrança, seis jogadores alvinegros marcam dois do Atlético-AC na primeira trave. Na segunda, são dois do Atlético contra três rivais. Na entrada da área, Otero e Erik ‘vigiam’ outros dois adversários.

Por onde sai o gol? Na segunda trave, justamente onde há inferioridade numérica para a defesa alvinegra. Os escanteios naquela região foram repetidos pelo time acreano durante a partida, mas sem tanto sucesso.

Atlético 1 x 2 Caldense

Nesse sábado, a defesa alvinegra foi vítima, mais uma vez, de um lance de bola aérea. Desta vez, não houve inferioridade numérica do Atlético. Houve, entretanto, vitória individual do atacante Neílson sobre Felipe Santana, de 1,94m.

Na jogada, a bola cruza a área e passa por Adilson antes de chegar no avante da Caldense. Apesar de ser mais baixo que o marcador mais próximo, Neílson se antecipa e, de costas, desvia para encobrir o goleiro Victor.



E lá na frente?

Se lá atrás a bola aérea é um problema, na frente, pode ser uma grande arma do time para a temporada. Com zagueiros altos e um centroavante que costuma ser preciso nesse tipo de jogada, o Atlético tende a ter um bom número de gols de cabeça em 2018. São três (do total de oito) até o momento.

Na vitória por 3 a 0 sobre o Democrata-GV, pela segunda rodada do Campeonato Mineiro, Elias marcou de cabeça após cobrança de falta de Otero. No empate com o Patrocinense, os dois gols foram em lances de bola aérea. O primeiro foi de Leonardo Silva; o segundo, de Diego Borges, contra.

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