Uma reportagem do jornal Folha de S. Paulo de agosto do ano passado trouxe informações curiosas que revelam a condição paupérrima de grande parte do futebol brasileiro. Segundo o periódico, a folha salarial do Atlético-AC era de R$ 60 mil em 2017. Quase todos os jogadores do clube mineiro recebem mais do que todo o pagamento mensal da equipe acreana.
Parte dos jogadores do time do Norte do país, inclusive, precisa ter outra ocupação para pagar as contas no fim do mês. No ano passado, alguns atletas trabalhavam como frentista, repositor, atendente e entregador.
"A maioria deles tem dupla jornada. É a realidade do nosso futebol", disse o presidente Elisson Azevedo, ex-jogador do Atlético-AC, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo. Em 2017, o clube conseguiu o acesso e jogará a Série C nesta temporada.
Nos últimos anos, a grande revelação do Atlético-AC foi o atacante Careca, de 22 anos, que está no Cruzeiro. Ele assinou contrato de empréstimo por uma temporada. Se for bem na Toca da Raposa II, será comprado. Por causa do elenco estrelado do Cruzeiro, não deve receber chances entre os profissionais.
O Atlético-AC vai chegar embalado para enfrentar o Galo nesta quarta-feira, às 21h45, na Arena da Floresta, em Rio Branco, capital do Acre. Vale lembrar que a primeira fase é em jogo único. O time mineiro se classifica com um empate.
Nos três primeiros jogos da temporada, o time do Acre não tomou conhecimento de seus adversários. No Campeonato Acreano, venceu na estreia o São Francisco por 8 a 0. No segundo jogo, bateu o Vasco-AC por 2 a 0. Na Copa Verde, quem sofreu foi o Santos-AP, que perdeu por 3 a 2.
O time acreano, agora, tenta um feito histórico: vencer o Atlético, um dos gigantes do futebol brasileiro, para avançar na Copa do Brasil.