O presidente do Atlético, Sérgio Sette Câmara, afirmou que, em seu comando, o clube tentará pagar todas as suas dívidas. Uma delas, com a WRV Empreendimentos e Participações, está em evidência por causa do pedido de bloqueio do dinheiro referente à venda de Lucas Pratto e da futura multa de Fred. O mandatário alvinegro se reuniu nessa quarta-feira com representantes da empresa para tentar chegar a um acordo.
A WRV reinvindica do Atlético o valor de R$ 64.333.000,00. A dívida cobrada pela empresa diz respeito a um empréstimo de cerca de R$ 7 milhões que data do final da década de 1990. O Atlético utilizou a quantia para contratar Guilherme, em 1999, e para renovar os contratos do zagueiro Cláudio Caçapa e do próprio atacante, no ano seguinte.
Sérgio Sette Câmara entende, no entanto, que o valor é bem menor. “Desde que cheguei ao Atlético estou analisando todas as pendências que existem no clube, e essa é apenas uma delas. Vamos tentar ajustar a situação financeira do clube e, obviamente, isso passa pelo pagamento de algumas dívidas que encontrei.
As conversas estão ainda no começo. O presidente do Atlético afirmou que as duas partes tentam chegar a um consenso para fechar o acordo.
“Estamos em um início de conversa, está longe de ter sido selado um acordo. Estamos começando as conversações para que a gente possa achar um número que seja plausível para as duas partes. Enquanto isso não acontecer, o processo continua tramitando normalmente”, acrescentou.
O presidente alvinegro diz ainda que, quando as duas partes chegarem ao valor, tentará um parcelamento a longo prazo para pagamento da dívida.
“A questão continua sub judice. Estamos iniciando uma conversa, vamos buscar um acordo. Houve um empréstimo em 2000, e durante esses 17 anos tiveram amortizações. Basicamente, o que vamos buscar é atualizar esse valor e, com o valor atualizado, vamos sentar com o grupo e construir um acordo que passe por um parcelamento em longo prazo”.
Quitar todas as dívidas
Em busca de um futuro melhor para o clube, Sérgio Sette Câmara prometeu tentar honrar todos os compromissos do Atlético e quitar as dívidas. No entanto, ele também cobra os clubes que devem ao Alvinegro.
“Eles (representantes da WRV) nos atenderam bem, são atleticanos.
Entenda o caso
Em dezembro de 2017, Atlético e Fred decidiram conjuntamente estabelecer uma cláusula que prevê o pagamento de multa de R$ 10 milhões caso o atacante acertasse com o Cruzeiro. No acordo com o jogador, o clube celeste aceitou a exigência de assumir a dívida e deu prosseguimento às negociações.
Em meio ao imbróglio, a diretoria do Cruzeiro foi notificada extrajudicialmente por representantes da WRV Empreendimentos e Participações, credor do clube alvinegro, para aguardar decisão do magistrado da 24ª Vara Cível a respeito do tema. Marco Aurélio Chaves Albuquerque definiu o pagamento em juízo dos R$ 10 milhões.
A dívida cobrada pela empresa diz respeito a um empréstimo de cerca de R$ 7 milhões que data do final da década de 1990. O Atlético utilizou a quantia para contratar Guilherme, em 1999, e para renovar os contratos do zagueiro Cláudio Caçapa e do próprio atacante, no ano seguinte. Atualmente, os advogados da WRV entendem que o valor devido está na casa dos R$ 64.333.000,00.
A mesma dívida fez com a empresa pedisse que o juiz determinasse o bloqueio de R$ 20 milhões referentes à venda do atacante Lucas Pratto do São Paulo ao River Plate.
Dívida antiga
A disputa judicial entre WRV e Atlético começou em 2015. Em 2017, o juiz Marco Aurélio Chaves Albuquerque ordenou ao São Paulo que não deposite o dinheiro da contratação de Lucas Pratto nas contas alvinegras, mas em uma conta judicial. Na época, o clube paulista havia acabado de adquirir os direitos econômicos do jogador.
À época, o Atlético alegou que já existia um recurso em Brasília que pode fazer a anulação total do crédito pedido pelos ex-parceiros e que deveria pedir uma liminar para a cassação da ordem judicial..