Nem Robinho ou Fred, medalhões que formavam o setor ofensivo, nem Ricardo Oliveira, Róger Guedes ou Otero, que tendem a ser os titulares de Oswaldo Oliveira na temporada. O ataque do Atlético que iniciará o ano é composto por atletas que tentam apagar a má impressão da performance irregular no ano passado. Apesar disso, Valdívia, Erik, Carlos e Hyuri têm a confiança da comissão técnica para ajudar a equipe a conquistar os primeiros três pontos no Campeonato Mineiro, no jogo contra o Boa, quinta-feira, em Varginha.
Junto, o quarteto que terá chance no Sul de Minas marcou apenas 11 gols em 2017. Carlos e Hyuri foram emprestados ao Internacional e Chongquin Lifan-CHI, respectivamente, e agora recebem nova chance de começar um jogo como titular. Com a responsabilidade de ser o armador central, Valdívia é o único que estava na equipe. E Erik aparentemente será a única das contratações a estrear.
O ataque alvinegro passou em branco no primeiro teste na temporada, em jogo-treino contra o Guarani, domingo, na Cidade do Galo. Os gols da equipe na vitória por 2 a 0 foram marcados pelo volante Gustavo Blanco e pelo zagueiro Maidana, um em cada tempo. Além dos considerados titulares, Oswaldo observou de perto o armador Marco Túlio, que subiu das categorias de base e deve ser mais uma opção no setor de frente.
Prata da casa, Carlos marcou seis vezes em 31 jogos pelo Inter e terminou com gosto amargo de ter perdido o título da Série B do Brasileiro para o América. Além disso, teve uma lesão muscular na coxa direita e fraturou o dedo anelar da mão direita, o que o tirou de campo por dois meses. Ele reconhece que faltou maior sequência de atuações regulares: “Tive um ano que não foi diferente do que passei aqui. Tive lesões quando fui titular, e quando voltei o time já estava encaixado. Tive paciência para entrar em campo no segundo tempo, ajudar a equipe e fazer gols. Achei que jogaria na posição de centroavante, mas eles precisaram e me colocaram na ponta. Foi um ano difícil. Acho que 2018 será melhor”.
Hyuri teve performance ainda pior na China. Jogou apenas duas vezes e marcou um gol em sete meses. A oportunidade de trabalhar novamente com Oswaldo de Oliveira, tal como ocorreu no Botafogo em 2013, fez o jogador decidir voltar ao futebol nacional. “Estava meio desacreditado depois de fazer ano ruim em 2017. Mas tive uma conversa com o Oswaldo quando visitei meus companheiros no Rio e ele disse que queria contar comigo. Ele sabia o que eu podia dar ao clube. Isso me deixa satisfeito e foi o primeiro passo para essa volta ser diferente. Estou mais alegre e disposto para começar bem”, afirma Hyuri.
CONCORRÊNCIA Depois de despontar no Goiás em 2015, o atacante Erik teve performance razoável no Palmeiras em 2016, com três gols em 30 jogos. Mas no ano passado o rendimento foi negativo, com apenas 14 jogos e nenhum gol. A dura concorrência na posição impediu que o atleta tivesse uma sequência e fosse relacionado com mais frequência.
Já Valdívia, jogando por Internacional e Atlético, balançou as redes somente quatro vezes em 51 duelos. No Sul, o jogador demorou para entrar no ritmo dos demais depois de passar por delicada cirurgia no joelho direito. Em Minas, ele também oscilou muito, coincidindo com o período ruim da equipe no Campeonato Brasileiro. “Acredito que fiz poucos gols. Eu me cobro muito e minha família também. Quem faz gol sempre está apto a fazer gol e comigo não é diferente. Estou tentando fazer uma preparação forte para poder jogar mais agora”.
BAIXO PODER OFENSIVO
Carlos (no Inter)
6 gols em 31 jogos
Média de 0,19 por partida
3 na Série B
3 na Copa do Brasil
Hyuri (no Chongquinf Lifan-CHI)
1 gol em 2 jogos
Média de 0,5 por partida
1 na Superliga Chinesa
Erik (no Palmeiras)
14 jogos e nenhum gol
Valdívia (no Internacional)
20 jogos e 2 gols pelo Internacional
1 no Campeonato Gaúcho
1 na Copa do Brasil
(no Atlético)
31 jogos e 2 gols pelo Atlético
2 no Brasileiro
Média de 0,07 por partida no ano