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Jogadores irregulares em 2017 comandam ataque do Atlético em estreia no Mineiro

Quarteto ofensivo tem oportunidade de provar que conservou faro de gol

Roger Dias

Valdívia admite fase ruim em 2017, mas promete: 'Estou fazendo preparação forte para jogar mais' - Foto: Bruno Cantini/Atlético


Nem Robinho ou Fred, medalhões que formavam o setor ofensivo, nem Ricardo Oliveira, Róger Guedes ou Otero, que tendem a ser os titulares de Oswaldo Oliveira na temporada. O ataque do Atlético que iniciará o ano é composto por atletas que tentam apagar a má impressão da performance irregular no ano passado. Apesar disso, Valdívia, Erik, Carlos e Hyuri têm a confiança da comissão técnica para ajudar a equipe a conquistar os primeiros três pontos no Campeonato Mineiro, no jogo contra o Boa, quinta-feira, em Varginha.

Junto, o quarteto que terá chance no Sul de Minas marcou apenas 11 gols em 2017. Carlos e Hyuri foram emprestados ao Internacional e Chongquin Lifan-CHI, respectivamente, e agora recebem nova chance de começar um jogo como titular. Com a responsabilidade de ser o armador central, Valdívia é o único que estava na equipe. E Erik aparentemente será a única das contratações a estrear.

O ataque alvinegro passou em branco no primeiro teste na temporada, em jogo-treino contra o Guarani, domingo, na Cidade do Galo. Os gols da equipe na vitória por 2 a 0 foram marcados pelo volante Gustavo Blanco e pelo zagueiro Maidana, um em cada tempo. Além dos considerados titulares, Oswaldo observou de perto o armador Marco Túlio, que subiu das categorias de base e deve ser mais uma opção no setor de frente.

Prata da casa, Carlos marcou seis vezes em 31 jogos pelo Inter e terminou com gosto amargo de ter perdido o título da Série B do Brasileiro para o América.
Além disso, teve uma lesão muscular na coxa direita e fraturou o dedo anelar da mão direita, o que o tirou de campo por dois meses. Ele reconhece que faltou maior sequência de atuações regulares: “Tive um ano que não foi diferente do que passei aqui. Tive lesões quando fui titular, e quando voltei o time já estava encaixado. Tive paciência para entrar em campo no segundo tempo, ajudar a equipe e fazer gols. Achei que jogaria na posição de centroavante, mas eles precisaram e me colocaram na ponta. Foi um ano difícil. Acho que 2018 será melhor”.

Hyuri teve performance ainda pior na China. Jogou apenas duas vezes e marcou um gol em sete meses. A oportunidade de trabalhar novamente com Oswaldo de Oliveira, tal como ocorreu no Botafogo em 2013, fez o jogador decidir voltar ao futebol nacional. “Estava meio desacreditado depois de fazer ano ruim em 2017. Mas tive uma conversa com o Oswaldo quando visitei meus companheiros no Rio e ele disse que queria contar comigo. Ele sabia o que eu podia dar ao clube. Isso me deixa satisfeito e foi o primeiro passo para essa volta ser diferente.
Estou mais alegre e disposto para começar bem”, afirma Hyuri.

CONCORRÊNCIA Depois de despontar no Goiás em 2015, o atacante Erik teve performance razoável no Palmeiras em 2016, com três gols em 30 jogos. Mas no ano passado o rendimento foi negativo, com apenas 14 jogos e nenhum gol. A dura concorrência na posição impediu que o atleta tivesse uma sequência e fosse relacionado com mais frequência.

Já Valdívia,  jogando por Internacional e Atlético, balançou as redes somente quatro vezes em 51 duelos. No Sul, o jogador demorou para entrar no ritmo dos demais depois de passar por delicada cirurgia no joelho direito. Em Minas, ele também oscilou muito, coincidindo com o período ruim da equipe no Campeonato Brasileiro. “Acredito que fiz poucos gols. Eu me cobro muito e minha família também. Quem faz gol sempre está apto a fazer gol e comigo não é diferente. Estou tentando fazer uma preparação forte para poder jogar mais agora”.


BAIXO PODER OFENSIVO


Carlos
(no Inter)
6 gols em 31 jogos
Média de 0,19 por partida
3 na Série B
3 na Copa do Brasil

Hyuri (no Chongquinf Lifan-CHI)
1 gol em 2 jogos
Média de 0,5 por partida
1 na Superliga Chinesa

Erik (no Palmeiras)
14 jogos e nenhum gol


Valdívia (no Internacional)
20 jogos e 2 gols pelo Internacional
1 no Campeonato Gaúcho
1 na Copa do Brasil
(no Atlético)
31 jogos e 2 gols pelo Atlético
2 no Brasileiro
Média de 0,07 por partida no ano

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