“Existe um respeito pela história que ele (Fred) tem. É inquestionável. Mas é uma coisa que eu não gosto de fazer nenhum tipo de comparação. Eu sou o Ricardo Oliveira, ele é o Fred. Ele não está mais aqui, veste a camisa de outro clube. Eu venho para cá para dar o resultado que a diretoria espera de mim e o torcedor espera de mim”, disse em entrevista coletiva de apresentação, no final da tarde desta quinta-feira, na Cidade do Galo.
Ricardo Oliveira chega ao Atlético após três temporadas no Santos. O contrato com o clube mineiro vai até o final de 2019. E o centroavante garantiu: dará resultado no período em que estiver em Belo Horizonte.
“São 17 anos de carreira profissional. Por onde passei, fiz muitos gols, pude ser ídolo, adquiri o respeito das pessoas. Para mim, esse desafio, esse novo clube, vestir a camisa do Galo, essa torcida de massa, me motivou bastante de estar aqui. Tenho certeza que o torcedor vai apoiar bastante o nosso time este ano, e nós vamos dar o resultado que eles esperam. Eu, que estou chegando para vestir a camisa 9 do Atlético, certamente vou dar o resultado que todos eles esperam”, garantiu o confiante Ricardo Oliveira.
‘Namoro’ antigo
Esta não foi a primeira vez que Atlético e Ricardo Oliveira negociaram. De acordo com o próprio atacante, o clube alvinegro tentou a contratação em duas oportunidades anteriormente: em 2001 e em 2014.
“O Alexandre Kalil tentou me trazer para o Atlético quando estava surgindo na Portuguesa, em 2001. Em 2014 estava conversando com o falecido Eduardo Maluf. Infelizmente, os árabes não me liberaram. Já é um namoro de muitos anos. Com o término do meu contrato com o Santos, recebi este convite do Gallo e do presidente Sérgio. Passei para a minha família. Entendi que era um momento de mudança, que gera esperança. Gosto de desafios. E sei dos desafios que vou ter no Atlético”, contou o centroavante.
Idade avançada?
Assim como fez na chegada a Belo Horizonte, Ricardo Oliveira voltou a falar sobre a própria condição física. A diretoria alvinegra foi questionada em função da contratação de um atacante de 37 anos - na contramão da promessa de ‘rejuvenescer’ o elenco.
“Eu não sinto o peso da idade. Foram três anos depois que voltei dos Emirados Árabes que tenho jogado em alto nível. Ano passado, não foi como eu esperava, devido a forças maiores, que foi uma caxumba e uma pneumonia. Do meio do ano passado para o final foi excelente. Não sofri lesão muscular nenhuma”, disse.
“O meu trabalho especial é todos os dias, toda vez que saio de casa e venho para cá. Chego hora antes de iniciar a atividade. Sei exatamente o que preciso fazer. Sou um atleta profissional, sempre cuidei do meu corpo, entendi que meu material de trabalho é o meu corpo”, completou.
A pré-temporada do Atlético continua nesta sexta-feira, em dois turnos. A estreia do time - e possivelmente de Ricardo Oliveira - na temporada 2018 será no dia 18 de janeiro. A equipe alvinegra inicia a caminhada no Campeonato Mineiro contra o Boa Esporte, fora de casa.