Os nomes em questão são de respeito e se transformaram em ídolos da torcida do Atlético nos últimos anos – Guilherme, Marques, Marinho, Diego Tardelli, Jô, Lucas Pratto e Fred. Sob o desafio de dar continuidade à trajetória escrita por seus antecessores, o atacante Ricardo Oliveira, de 37 anos, vai assumir a camisa 9 do Galo em 2018 com grande responsabilidade: ser o homem-gol e levar a equipe a conquistas de expressão, que não vieram em 2017.
Dos goleadores que atuaram no clube nos últimos anos, vários têm títulos importantes no currículo. Jô e Diego Tardelli, por exemplo, venceram a Libertadores de 2013 e a Copa do Brasil de 2014. Marques participou do título da Copa Conmebol de 1997, e Marinho conquistou a Série B em 2006. Mas nenhum conseguiu o troféu que a atual diretoria vê com maior ambição: o de campeão brasileiro. Guilherme e Marques bateram na trave em 1999, Jô foi vice com o Galo em 2012, e Lucas Pratto também ficou em segundo em 2015. Fred conseguiu, no máximo, um quarto lugar, em 2016. Com o projeto de priorizar o Nacional, Ricardo Oliveira poderia se consagrar justo no primeiro ano no novo clube.
Contratado para substituir Fred, ele terá um início de ano com jogos mais espaçados pelo Campeonato Mineiro.
Ao mesmo tempo em que curte férias, o atacante vem cuidando da forma física. Em várias postagens num de seus perfis na rede social, o atleta aparece fazendo atividades na praia e na academia com acompanhamento de um profissional. Como ocorreu com o zagueiro Leonardo Silva, de 38 anos, em vários momentos nesta temporada, Ricardo Oliveira poderá ser preservado de compromissos teoricamente mais desgastantes para ser utilizado em jogos mais importantes.
Resultados
Com o aval do técnico Oswaldo de Oliveira, o ex-santista se tornou uma das exceções no novo projeto da diretoria do Atlético para a próxima temporada: a de investir em jogadores mais novos para rejuvenescer o time titular (outro que foge à regra é o volante Arouca, de 31). Antes de assinar o contrato, porém, a cúpula atleticana teve acesso a dados fisiológicos do atacante e ficou satisfeita com o resultado apresentado.
O jogador formalizou dois anos de contrato com o Galo. “Levantamos absolutamente tudo sobre os jogadores que vieram, desde as questões extracampo até as físicas e técnicas, como a quantidade de jogos durante o ano. A ideia é ter uma equipe em condições melhores para 2018. Apesar de ter 37 anos, o Ricardo Oliveira é um jogador extremamente forte física e fisiologicamente”, ressaltou o diretor de futebol, Alexandre Gallo, à TV Galo.
No processo de reformulação da equipe titular, a expectativa é de que, num time com muitos jovens no setor ofensivo, o centroavante possa ser a referência e ir às redes com frequência. Nesta janela, o Galo trouxe os atacantes Roger Guedes (21) e Erik (23). E ainda conta com Otero, Cazares (ambos com 25), Valdívia (23) e Luan (27).
GOLEADORES ALVINEGROS DO SÉCULO XXI
Guilherme (1999 a 2002 e 2003)
205 jogos
139 gols
0,67 a média por jogo
Marques (1997 a 2002, 2005 a 2006 e 2008 a 2010)
386 jogos
133 gols
0,34 a média
Fábio Júnior (2003 e 2005)
65 jogos
30 gols
0,46 a média
Marinho (2006 a 2008)
68 jogos
28 gols
0,41 a média
Diego Tardelli (2009 a 2011 e 2013 a 2015)
219 jogos
110 gols
0,50 a média
Jô (2012 a 2015)
127 jogos
39 gols
0,30 a média
Lucas Pratto (2015 a 2017)
107 jogos
42 gols
0,39 a média
Fred (2016 a 2017)
83 jogos
42 gols
0,50 a média
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