Desde a primeira entrevista, o novo mandatário ressaltou a necessidade de enxugar a folha salarial e, assim, assumir um novo perfil no mercado de contratações. O Galo deixa para trás a postura agressiva de mirar as grandes estrelas e, agora, passa a apostar em atletas sem grande renome.
A nova diretoria do Atlético trabalha para acertar as dívidas. O Galo é o terceiro clube com maior dívida trabalhista. Segundo dados do balanço do clube em 2016, o débito estava em R$ 284 milhões. Ainda mais preocupante é a dívida geral (trabalhista, fiscal, bancária), que chegou a R$ 518 milhões em 2016.
Veja o gráfico comparativo entre as dívidas de Atlético e Cruzeiro
Além de impostos e dívidas bancárias, o Atlético tenta acertar algumas pendências com outros clubes, como ocorreu recentemente com o Grêmio no caso Victor.
Para arrumar a casa, o Galo tenta gastar menos e montar um time com muitas apostas. Dos quatro reforços anunciados, todos têm esse perfil: o volante Arouca, o lateral Samuel Xavier, o atacante Erik e o centroavante Ricardo Oliveira. A economia na folha salarial será muito grande com as saídas de Fred e Robinho - este último ainda não está totalmente descartado. Os dois custavam cerca de R$ 2 milhões por mês com os encargos. Neste fim de ano, o Atlético está com dificuldade de acertar os salários dos atletas.
Os jogadores de renome, como Diego Souza, Lucas Pratto, Robinho, Elias, Tardelli, por ora, parecem não fazer parte deste momento de ajuste financeiro. Esse foi o modelo adotado por Alexandre Kalil e Daniel Nepomuceno. Esse perfil, obviamente, pode mudar em um futuro recente, caso o Galo se reorganize financeiramente.
O presidente já falou sobre o novo momento vivido pelo Atlético: “Eu quero que a torcida tenha compreensão. Esse primeiro ano é um ano difícil. Muitas coisas vão mudar. Eu tenho uma outra filosofia.