Arouca, Erik e Samuel Xavier. O que os três jogadores recém-contratados pelo Atlético têm em comum? Sem dinheiro para investimentos, o clube alvinegro passa a apostar nos empréstimos de um ano para reforçar seu grupo para 2018. A vinda do trio ocorreu justamente dessa forma, e a tendência é que os próximos sigam as mesmas condições. Ao término dos compromissos, o Galo terá a opção de compra dos direitos econômicos e a possibilidade de firmar contrato mais longo.
Outro que está próximo de acordo, também por empréstimo é o armador Raphael Veiga, de 22 anos, outro que pertence ao Palmeiras. Com essa mentalidade, a nova diretoria do Atlético minimiza o risco de investir em atletas que podem não render o esperado ou não se adaptar ao clube.
A estratégia usada pelo presidente Sérgio Sette Câmara já vinha sendo utilizada na gestão do antecessor, Daniel Nepomuceno. Vários jogadores reforçaram a equipe por meio de empréstimos nas três últimas temporadas, como o goleiro Lauro, os volantes Júnior Urso e Danilo Pires e os armadores Carlos Eduardo, Cárdenas, Otero, Marlone e Valdívia. Dessa turma, o único que o Atlético adquiriu os direitos em definitivo foi o venezuelano, comprado por R$ 5 milhões ao chileno Huachipato. Em relação a Valdívia, a permanência vai depender do desempenho nos primeiros meses de 2018 – o empréstimo vai até março. Os demais não continuam no clube por falta de acerto financeiro ou por não terem rendimento satisfatório.
Na administração de Alexandre Kalil, hoje prefeito de Belo Horizonte, os acordos por empréstimos também foram frequentes. Em dois exemplos bem-sucedidos, o Galo acabou comprando os direitos econômicos e depois recuperou o investimento ao vendê-los para o futebol exterior. O volante Rafael Carioca foi emprestado pelo Spartak Moscou, comprado em 2014 pelo alvinegro e em agosto deste ano acabou vendido ao mexicano Tigres. O lateral-esquerdo Douglas Santos veio cedido pela Udinese, da Itália, por um ano e, depois de ser adquirido pelo Atlético, foi negociado com o Hamburgo, da Alemanha.
ESCAMBO
O orçamento do Atlético para 2018 prevê somente R$ 10 milhões com contratações, quantia que o clube está reservando para um bom investimento. E o reforço pode vir para a defesa. Nos últimos dias, os nomes dos zagueiros Pablo (ex-Corinthians) e Germán Conti (atualmente no Colón, da Argentina) foram ventilados, mas eles só viriam para Belo Horizonte por meio de venda definitiva.
O orçamento do Atlético para 2018 prevê somente R$ 10 milhões com contratações, quantia que o clube está reservando para um bom investimento. E o reforço pode vir para a defesa. Nos últimos dias, os nomes dos zagueiros Pablo (ex-Corinthians) e Germán Conti (atualmente no Colón, da Argentina) foram ventilados, mas eles só viriam para Belo Horizonte por meio de venda definitiva.
Num período de dificuldade financeira no futebol nacional, Sette Câmara afirma que o clube tem de ser criativo para ir em busca dos jogadores no mercado: “É preciso ter originalidade. Se você não tem dinheiro, o que você tem? Qual a sua mercadoria? Vocês já ouviram falar de ‘escambo’? Então, é troca. A gente está trabalhando com essa situação. Temos alguns jogadores que estão retornando. Alguns deles interessam a outros clubes. Você vai ali, conversa daqui: ‘Pega dois, eu pego um’. É assim… É dentro dessa condição, porque dinheiro mesmo são poucos os que têm”.