Em entrevista concedida ao Superesportes, o preparador físico carioca de 66 anos declarou ser amigo de longa data do comandante, mantido para 2018 no Atlético. Os dois, entretanto, nunca trabalharam juntos.
“O Oswaldo é um amigo de longa data do futebol. Quando ele estava no Santos, em 2005, me convidou para trabalhar com ele, mas eu tinha contrato com o Internacional. Não fui. E foi até bom, porque ganhei a Libertadores e o Mundial (em 2006). Somos amigos, já frequentei a casa dele, em jantares, e tenho excelente relação com ele. Isso ajuda muito”, disse.
Sobre o elenco atleticano, Paulo Paixão preferiu não entrar em detalhes e disse que aguarda os relatórios do clube, a serem disponibilizados por Carlinhos Neves (ex-preparador físico do Galo) e Rodrigo Lasmar (médico do Atlético), para trabalhar com mais segurança.
“Eu me apresento no dia 2 de janeiro. Estou tomando noção do elenco a partir de relatórios, não posso ser leviano de declarar algo agora. Falei com o Carlinhos Neves e o Lasmar, estava com eles no jogo da última sexta (festivo, de Ronaldinho Gaúcho, no Mineirão). Então existe uma conversa quase diária sobre o elenco, mas não posso falar sobre jogadores específicos por enquanto”.
Alguns dos principais desafios do novo profissional do Atlético são lidar com a situação de Luan, que convive com seguidos problemas físicos, e estudar uma maneira de preparar o time para uma longa temporada.
Alguns dos principais desafios do novo profissional do Atlético são lidar com a situação de Luan, que convive com seguidos problemas físicos, e estudar uma maneira de preparar o time para uma longa temporada.
Tragédia da Chapecoense e morte do segundo filho
Anderson Paixão, filho de Paulo, foi uma das 71 vítimas do acidente aéreo com a delefação da Chapecoense, em novembro de 2016. Anderson também trabalhava como preparador físico e, após a perda do segundo filho, Paulo Paixão dedicou seu tempo aos netos e à família da nora em Chapecó.
Estudos no “período sabático”
O novo preparador físico do Atlético disse que esteve sempre em contato com a área, mesmo sem estar vinculado a algum clube ou seleção. Segundo ele, a existência de um grupo nacional dos preparadores físicos facilitou a atualização no período.
“A gente acaba que estuda muito, temos um grupo nacional de preparação física, tem o Dudu (Eduardo Silva), do Cruzeiro, Fabinho (Fábio Mahseredjian), da Seleção, e aí a gente troca informações recebidas em relação a artigos de fisiologia. Essa questão da preparação física tem muito companheirismo, meu filho também fazia parte, então é um grupo muito importante na área”.
Carreira e títulos
O preparador físico também possui trabalhos de destaque no Grêmio, no Palmeiras e no Internacional. Somente pelos três clubes, Paixão conquistou três Libertadores, um Campeonato Brasileiro, duas Copas do Brasil e uma Recopa Sul-Americana.