“Na verdade, o meu papel vai ser de conduzir o Clube Atlético Mineiro. A parte do estádio, eu deixei bem claro que eu não quero estar diretamente envolvido. Deve ser criada uma comissão de notáveis, de pessoas que vão ficar cuidando do estádio”, disse.
A ‘comissão de notáveis’ será comandada por Daniel Nepomuceno, antecessor de Sette Câmara na presidência do Atlético. O secretário municipal alegou ‘questões pessoais’ para não concorrer à reeleição no pleito dessa segunda-feira.
A previsão da diretoria do Atlético e dos responsáveis pela construção do estádio é que as obras se iniciem em abril. Antes disso, é preciso que o projeto seja aprovado pela Câmara Municipal de Belo Horizonte. A ideia é inaugurar a Arena MRV em 2020 - último ano do primeiro mandato de Sette Câmara, que tem direito a uma reeleição.
O novo presidente justificou o motivo de não querer se envolver diretamente nas questões relativas ao estádio.
“Acredito que tocar o estádio ao mesmo que se está tocando o clube, o futebol do clube e as finanças do clube não daria certo. É óbvio que o estádio passa pelo presidente. Eu quero que tudo ocorra com a maior transparência possível. Mas eu quero focar basicamente na parte financeira e no futebol do clube”, disse.
Apesar das declarações, Sérgio Sette Câmara aproveitou a oportunidade para elogiar o formato proposto para a construção do estádio alvinegro. Segundo o presidente, o empreendimento ajudará o Atlético no planejamento financeiro para os próximos anos.
“Acredito que sim (a parte financeira é o maior desafio). Mas com criatividade, com inteligência, a gente tem condição de driblar isso daí. É óbvio que uma das coisas que vai colocar o Atlético em uma situação diferenciada em relação à maioria dos clubes é o estádio. Quando estiver pronto, acredito que vamos estar numa situação muito boa em relação à maioria dos outros clubes, porque, no nosso caso, o estádio é 100% do clube. Não é como acontece com vários outros clubes, onde você praticamente não tem receita ou você tem que se pautar pelo que o dono do estádio ou aquele que o construiu determina. Como, por exemplo, é o caso do Palmeiras, que, em determinadas situações, não pode jogar na sua própria casa e tem que jogar fora porque o construtor impõe que aquela data seja para um show, etc. Isso não vai acontecer no nosso caso. Vamos dar prioridade ao futebol”, finalizou.
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