Após dias de expectativa, o Atlético finalmente conhecerá o seu novo presidente. A eleição está marcada para esta segunda-feira, das 9h às 17h, na sede do clube, no bairro de Lourdes. A disputa é entre Sérgio Sette Câmara, candidato da situação e favorito, e Fabiano Lopes Ferreira, da oposição. Após a definição, o novo mandatário poderá dar início ao planejamento para a temporada 2018.
São 398 conselheiros com direito a voto na eleição. Será nomeado presidente do Atlético para o triênio 2018/2019/2020 quem obtiver maioria simples na votação. Logo após o pleito, o vencedor falará pela primeira vez como mandatário do clube.
A chapa da situação, ‘Unidos pelo Galo’, terá o conselheiro grande benemérito do Atlético Sérgio Sette Câmara como candidato a presidente e Lásaro Cândido da Cunha, ex-diretor jurídico, como vice-presidente. A dupla tem o apoio de importantes nomes do clube, como Alexandre Kalil, Daniel Nepomuceno, Ricardo Guimarães e Rubens Menin.
Em entrevista ao Superesportes, Sette Câmara afirmou que espera uma vitória maiúscula na eleição. “É uma expectativa de vitória maiúscula.
Já a chapa ‘Virada do Galo’ tem o oposicionista Fabiano Lopes Ferreira como candidato a presidente. Ele contará com o conselheiro grande benemérito Antônio Silva Passos como postulante ao cargo de vice.
Apesar de ser considerado o grande azarão, Fabiano Lopes Ferreira acredita que será eleito o novo presidente do Atlético. “A realidade não é bem essa. Estamos fazendo um trabalho sério, conversando com os eleitores. Temos pesquisas que dão uma margem positiva e vamos lançar outra. Acredito que vamos vencer a eleição. Minha expectativa é altamente positiva. A última gestão fez administração ruim e isso mostra que precisamos mudar. Temos uma proposta interessante e vamos conseguir a vitória. Votar no Sette Câmara é continuar do jeito que estamos. São três anos sem títulos, apenas o Mineiro.
Rodolfo Gropen, presidente do Conselho Deliberativo do Atlético, afirmou que espera uma eleição tranquila nesta segunda-feira. “Gropen espera um dia tranquilo na sede do Atlético. Ele vê o clube muito unido nos últimos anos. “Acho que vai ser tranquilo. O Atlético é muito unido, ao contrário de outros clubes. Estou tranquilo em relação a isso. Vocês devem ter visto. Ambiente foi tranquilo”, ressaltou.
TRÊS PERGUNTAS PARA
Fabiano Ferreira,
candidato da oposição
Num cenário em que seu adversário é amplamente favorito na disputa, qual estratégia você tem para mudar o panorama nas eleições?
A realidade não é bem essa.
Como você tem visto a condição financeira do clube, como o atraso nos salários, a queda no orçamento e redução na receita?
Dificuldade financeira toda empresa tem. Mas salário não se deve atrasar. É preciso ter crédito para, quando faltar o dinheiro, pegar emprestado e pagar. O Atlético tem uma marca poderosa, tem renda de shopping, rendas de televisão aberta e fechada, venda de camisas. Não podemos chegar a uma situação dessas.
Caso seja eleito, você já tem uma plataforma de administração pronta, como reforços e diretor de futebol?
Precisamos conversar com o Robinho, porque acho que ele é um dos que deveriam ficar, até porque pode jogar por dois ou três anos. É preciso sentar com o treinador e conversar sobre o grupo. Essa questão de negociação, propostas, tem de ser feita com calma, sempre buscando o melhor.
TRÊS PERGUNTAS PARA
Sérgio Sette Câmara,
candidato da situação
Você entra como amplo favorito na eleição. Qual é sua expectativa na disputa?
Espero que a eleição corra bem. A expectativa que eu tenho é de que a eleição seja tão tranquila como foi nos últimos anos. Depois que esse grupo comandado pelo Alexandre Kalil assumiu, essa foi a virada que o Atlético teve, sendo campeão da Libertadores, da Copa do Brasil e várias vezes campeão mineiro. O time passou por um processo que nunca tinha estado antes e acho que, falando em virada agora, é querer voltar para aquele Atlético que não tinha nada, não ganhava nada, lutava para não cair.
Você vive o dia a dia do clube desde o primeiro mandato do Kalil. Qual o papel de seus aliados em seu mandato?
Queremos continuar um trabalho. Eu me preparei para assumir durante todos estes anos em que estive ao lado do Alexandre. Aprendi bastante com ele, com o Daniel (Nepomuceno) e com o Ricardo (Guimarães), com as experiências da vida que tive no período todo. Tive um passo atrás (foi vice-presidente do Conselho Deliberativo), mas aprendendo sempre. Tenho um grande trunfo, que é o de saber ouvir a quem tenho amizade, como o Alexandre, o maior vencedor da história do Atlético em todos os tempos. Vou tentar sempre receber conselhos dele. Acho que o sucesso, quando ele ocorre, se puder copiar, é bem provável que você também tenha êxito.
Se eleito, qual novidade você promete de início para o torcedor?
Não farei anúncio nenhum. O dia é basicamente político. Tem que ter tranquilidade. Vou aguardar, se for eleito, o resultado da Copa Sul-Americana, para no dia 14 fazer uma coletiva e falar do Atlético em 2018. Evidentemente, o planejamento passa pelo fato de estarmos ou não na Libertadores. Se tivermos a vaga confirmada, vamos ter de fazer um outro tipo de planejamento, já que a pré-Libertadores está batendo à porta no começo de janeiro e é um jogo fundamental, em que se decide a continuidade na competição. Se ficarmos na Copa Sul-Americana, teremos um planejamento mais pés no chão, vamos ter mais tempo, podendo focar em torneios nacionais importantes, como a Copa do Brasil, que neste ano teve premiação importante, e o Brasileiro, que, obviamente, é um sonho de todo atleticano.
• Como será o pleito
» Eleição ocorrerá das 9h às 17h, na sede de Lourdes
» 398 conselheiros aptos a votar
» Votos secretos, em urna física, com apuração em seguida. Vence o candidato que tiver maioria simples
» Mandato: 2018 a 2020.