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Torcedoras feministas pedem posição do Atlético sobre condenação de Robinho por crime sexual e querem fim de contrato

Em protesto, grupo de atleticanos afixou faixas em frente à sede de Lourdes

05/12/2017 16:37 / atualizado em 05/12/2017 16:55
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Faixa foi afixada em frente à sede do Atlético no bairro de Lourdes, na região Centro-Sul de BH
foto: REPRODUÇÃO

Faixa foi afixada em frente à sede do Atlético no bairro de Lourdes, na região Centro-Sul de BH


Por causa da condenação em primeira instância do atacante Robinho a nove anos de prisão por crime de 'violência sexual em grupo' na Justiça italiana, um coletivo de torcedoras denominado “Feministas do Galo” afixou faixas em frente à sede administrativa do clube, no bairro de Lourdes, pedindo um posicionamento da diretoria sobre o caso.

São duas mensagens nas faixas: “Um condenado por estupro jogando no Galo é uma violência contra todas as mulheres” e “Galo, seu silêncio é violento! Não aceitaremos estupradores!”.

Em contato com o Superesportes, o grupo explicou o posicionamento. "Robinho foi condenado por estupro e o Galo se calou diante disso, assim como o futebol se cala para o fato de acontecer um estupro no Brasil a cada 11 minutos. Acumulamos histórias de violência de jogadores contra as mulheres e não vamos mais permitir esse silêncio ensurdecedor. Ele já foi condenado e, ainda que caiba recurso, isso não isenta o jogador e o clube de realizarem um profundo processo de reflexão e autocrítica acerca do processo de banalização da violência contra a mulher. Além de acharmos inaceitável a diretoria do Galo não se posicionar esperamos que não renovem o contrato com o jogador."

Em contato com a reportagem, a assessoria de imprensa do clube informou que “o Atlético mantém a postura de não comentar um assunto que é particular do jogador e que ainda está sendo discutido judicialmente”.

Grupo de feministas espera que Atlético não renove contrato do atacante Robinho
foto: REPRODUÇÃO

Grupo de feministas espera que Atlético não renove contrato do atacante Robinho


Condenação de Robinho

Robinho foi condenado no dia 23 de novembro. A pena de nove anos foi estabelecida por Mariolina Panasiti, que preside a 9ª vara do tribunal de Milão, na Itália. O caso ocorreu em 22 de janeiro de 2013, quando o atacante defendia o Milan.

Robinho foi condenado por abusar de uma jovem albanesa, de 22 anos. O tribunal considerou que o atacante participou do ato ao lado de outras cinco pessoas. O atacante do Atlético pode recorrer em seguidos níveis na Justiça italiana. Enquanto a condenação final não é determinada, a pena não é aplicada. Com isso, ele responde o caso em liberdade.

Posicionamento de Robinho

Por meio da advogada Marisa Alija, Robinho se posicionou oficialmente sobre o caso.

"Sobre o assunto envolvendo o atacante Robinho, em um fato ocorrido há alguns anos, esclareço que meu cliente já se defendeu das acusações, afirmando não ter qualquer participação no episódio. Todas as providências legais já estão sendo tomadas acerca desta decisão em primeira instância", diz a nota, que também foi publicada nas redes sociais do jogador.
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