O Atlético decidiu não enviar representantes para audiência pública na Câmara Municipal de Belo Horizonte sobre a Arena MRV. A reunião requerida pelo vereador Gabriel Azevedo (PHS, o mesmo do prefeito Alexandre Kalil) será realizada às 10h desta terça-feira, no Plenário Amynthas de Barros, e colocará em debate os impactos do estádio no trânsito e no meio ambiente na Região Noroeste da capital.
Por meio da assessoria de comunicação, o Atlético informou que não mandará representantes à audiência em função de se tratar de uma discussão sobre assuntos que ainda não foram enviados oficialmente pela Prefeitura à Câmara. O projeto da construção do estádio ainda será encaminhado pelo prefeito de Belo Horizonte e ex-presidente do Galo, Alexandre Kalil, aos vereadores, para aí sim ser debatido de maneira oficial. A expectativa é que essa discussão ocorra até o fim de novembro, para que, posteriormente, ocorra a votação na Casa.
O vereador Gabriel Azevedo, também por meio da assessoria, comentou sobre o objetivo do debate. "A audiência desta terça-feira servirá para levantar as dúvidas e preocupações dos cidadãos de BH que vivem ou trabalham na Região Noroeste. As respostas a essas indagações caberiam ao clube. Portanto, a bola está com a diretoria do Atlético". (leia, no fim da matéria, o pronunciamento do parlamentar na íntegra)
Daniel Nepomuceno foi, curiosamente, convidado para a reunião como presidente do Atlético e também como secretário municipal de desenvolvimento econômico, cargo que exerce desde o início de 2017.
Além do Atlético, representantes da Prefeitura de Belo Horizonte, da MRV Engenharia, da BHTrans, do Conselho Municipal de Meio Ambiente e de associações de moradores do Bairro Califórnia e do seu entorno foram convidados para a audiência desta terça, que será aberta ao público.
Pronunciamento do vereador Gabriel Azevedo, do PHS:
"O processo de discussão sobre a Arena do Galo não diz respeito somente ao Atlético. É uma obra que impactará toda BH, especialmente a Região Noroeste, onde o empreendimento será erguido, e quanto antes começar a análise das questões ambientais, de mobilidade, de compensação, mais rápido será o processo de debate no legislativo, o que será benéfico para o clube. Fiz o que me cabe como legislador, pois o processo de autorização para a construção do estádio terá que ser submetido à Câmara por meio de um projeto de operação urbana simplificada, que tem uma série de etapas que devem ser obrigatoriamente cumpridas. Quanto antes começarmos a debater essa obra, melhor para a cidade. A audiência desta terça-feira servirá para levantar as dúvidas e preocupações dos cidadãos de BH que vivem ou trabalham na Região Noroeste. As respostas a essas indagações caberiam ao clube. Portanto, a bola está com a diretoria do Atlético"
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