Micale chegou ao Atlético para substituir Roger Machado, que havia iniciado a temporada e ajudado a montar o elenco para 2017. O time não se reergueu, foi eliminado da Libertadores pelo modesto Jorge Wilstermann e faz campanha horrível no Brasileiro. Após a derrota deste domingo, o Galo está a apenas três pontos do São Paulo, primeiro clube na zona de rebaixamento.
Em seu pronunciamento após a demissão do Atlético, Micale desejou que o Atlético saia 'dessa situação'. O Galo precisa de 14 pontos em 39 que ainda restam a ser disputados no Brasileiro para atingir a marca de 45, considerada margem para escapar do rebaixamento à Série B do Brasileiro.
“Cheguei dia 25 de julho e não é muito tempo. Não vejo terra arrasada. Temos 13 partidas para conquistar 14 pontos. Quatro vitórias nos levam a 45 pontos pontos suficientes.
No entanto, o treinador disse entender a posição da diretoria atleticana e admitiu que a demissão pode ser vista como necessária dados os resultados negativos e a pressão a que se está sujeito. “Não vejo como desespero. A pressão vem de todos lados. É mais fácil trocar um do que trocar vários”, comentou.
A derrota para o Leão baiano foi a sétima do Atlético nesta edição do Brasileiro. O mando de campo, antes uma das armas mais poderosas do Galo, hoje contribui para aumentar a pressão no clube. Com o resultado deste domingo, Micale ouviu gritos de 'burro' vindos da torcida no Independência.
“Quero falar do meu período. Tentamos trabalhar para melhorar a equipe, implantar algo que estava deficiente. Mas o fator casa está nos atrapalhando muito. Até porque fora de casa temos um bom aproveitamento. O torcedor tem razão. Ele é o único que tem razão. Ele vem, incentiva, paga, prestigia e estamos deixando a desejar. Não tem como questionar, Me sinto honrado de ter passado num clube tão grande, com uma torcida como esta.
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