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A outra reclamação de Edison é que a diretoria do Atlético não formalizou a reunião conforme manda o estatuto e não sinalizou precisamente a pauta a ser discutida. “O Edital de Convocação mencionará, com clareza, data, horário e o lugar onde se realizará a reunião e indicará, com precisão, a pauta”, cita o processo.
“Esse assunto vem sendo discutido apenas pela imprensa. Nunca foi discutido no Conselho do Atlético. O debate tem que ser feito no Conselho. Como não foi feito, não vou comentar”, disse Edison em entrevista ao Superesportes. “A torcida saberá quando for a hora”, completou.
Vitória da situação
A diretoria alvinegra já conseguiu a primeira vitória no processo. Edison Simão, entretanto, pode recorrer da decisão judicial. Para isso, precisa desembolsar, no prazo de duas semanas, R$ 15 milhões (valor que corresponde a 2% dos R$ 250 milhões destinados à venda de parte do shopping). Além disso, o conselheiro teria de pagar os custos do processo em caso de derrota.
A princípio, a votação está mantida para o dia 18 de setembro. Para que o projeto de venda de parte do shopping seja aprovado, 267 conselheiros (número que corresponde à dois terços do total) devem votar positivamente.
O ex-diretor jurídico do Atlético, Lásaro Cândido, usou o Twitter para defender a legalidade da votação.
“Ter opinião contra ou a favor é direito do conselheiro ou torcedor. Querer ganhar no ‘tapetão’ é tripudiar do atleticano. Bizarro dizer que o edital não tem objetivo específico. Pergunte para o torcedor atleticano que ele informa. Estranho alguém pretender impedir que o conselheiro tenha um dia para depositar o seu voto. Em sucessivas eleições já realizadas no clube, com direito de voto ao longo do dia e finalizando à noite, jamais houve contestação. Qual o receio do conselheiro ter direito de votar? Dia 18 de setembro vou votar ‘sim’. E quero fazê-lo nos primeiros minutos da reunião”, disse Lásaro, que segue prestando serviços ao clube.