O ‘caso Victor’ ganhou um novo capítulo. Na última semana, o São Paulo depositou R$ 10,5 milhões, referentes à contratação de Lucas Pratto junto ao Atlético, em uma conta deliberada pela Justiça. O bloqueio dos valores da transferência foi determinado no início de fevereiro por causa de uma ação do Grêmio contra o Galo. O time gaúcho cobra do mineiro cerca de R$ 14 milhões por causa da venda do goleiro Victor, em 2012.
A reportagem não conseguiu contato com Lásaro Cunha, diretor jurídico do Atlético.
O bloqueio
Em 2012, o Atlético desembolsou 3 milhões de euros (cerca de R$ 7,6 milhões à época) e ainda repassou ao Grêmio 50% dos direitos econômicos do zagueiro Werley. Nestor Hein revelou que a dívida é corrigida diariamente.
No despacho do juiz Mauro Caum Gonçalves, do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, o julgador rejeita a defesa do Atlético em oferecer penhora de bens. “Acolho as razões expendidas pelo exequente (…), em especial a de que o imóvel oferecido à penhora pelo devedor possui restrições anteriores, mandadas anotar pela Fazenda Nacional, o que retira a atratividade sobre o imóvel indicado e rejeito a mencionada nomeação de bens.”
O magistrado deferiu o pedido do Grêmio e destacou um ofício ao São Paulo para que não efetue o pagamento ao Atlético e, sim, “transfira eventual crédito deste, até o montante de R$ 10.508.626,19.”
O Atlético anunciou que vendeu 50% dos direitos econômicos de Lucas Pratto ao São Paulo por cerca de 6,2 milhões de euros (R$ 20,6 milhões). O Galo ainda manteve os outros 50%.