De pai para filho. Rómulo Otero herdou de Horacio “Chango” Cárdenas, um ex-defensor, uma de suas principais qualidades como jogador de futebol: a batida na bola. O venezuelano tinha 12 anos quando o pai de criação deu os primeiros ensinamentos. “Chango” passou a cuidar dele ainda criança. O pai biológico, também chamado Rómulo Otero e também ex-jogador de futebol, morreu quando ele tinha três anos.
O armador do Atlético faz questão de lembrar do pai Horacio “Chango” Cárdenas quando recebe elogios pela batida na bola.
“Desde novo, eu tinha 12 anos, ele me ensinava. Sempre vi em vídeos e ele sempre me ensinou a bater forte. Treinava sempre e, graças a ele, que todos me conheçam pela minha batida. Isso é graças ao meu pai”, diz Rómulo Otero.
Em entrevista ao jornal El Nacional, em 2013, o meio-campista disse ser um iluminado, pois teve dois pais e duas mães. “Meu pai biológico faleceu quando eu tinha três anos, e minha mãe biológica me mandou para a cidade de El Tigre para viver com meu papai Horacio "El Chango" Cárdenas e minha mamãe Odaisy González. No fundo, sou um abençoado, tive duas mamães e dois papais.”
No Atlético desde o meio do ano passado, o jogador já marcou quatro gols de bola parada, em 44 partidas disputadas. O último foi um raro gol nos gramados. Contra o Paraná, ele fez um gol olímpico, abrindo caminho para a classificação do Galo na Copa do Brasil.
“Quase todos os meus gols são de bola parada. Treino muito mais para fazer o melhor a cada dia. Graças a Deus e ao meu pai que me ensinou a batida. Mas tenho que melhorar muito mais”, destaca.
Um craque que vestiu a camisa 10 do Atlético também serve de inspiração. "Sempre vi o Ronaldinho Gaúcho, como ele bate na bola. Até hoje sempre vejo vídeos dele."
Além do Paraná, Otero deixou a marca nos seguintes jogos:
- Atlético 3 x 0 Figueirense, em 23 de outubro de 2016 - Brasileirão
- Atlético 2 x 0 Joinville, em 9 de fevereiro de 2017 - Primeira Liga
- Sport Boys 1 x 5 Atlético, em 3 de maio de 2017 - Libertadores
A batida costuma ser forte e com muito efeito. Os goleiros Victor e Giovanni têm Otero como aliado no time do Galo. Mas nos treinamentos eles sentem um pouquinhos como é difícil segurar o chute do venezuelano. “O Victor e o Giovanni falam que minha batida é diferente e que para o goleiro é difícil”, conta Otero.
Veja o gol olímpico de Otero