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Salários quase dobram, mas receitas também sobem, e Atlético volta a lucrar após 23 anos

Balanço financeiro da temporada 2016 será apresentado ao Conselho Deliberativo do clube na próxima segunda-feira; veja os valores

Rodrigo Fonseca João Vítor Marques
Em 2016, Atlético registrou lucro de pouco mais de R$ 2 milhões; balanço positivo não ocorria desde 1993 - Foto: Bruno Cantini/AtléticoO Atlético voltou a dar lucro após 23 anos. Assinado pelo presidente Daniel Nepomuceno, o balanço financeiro de 2016 registra saldo positivo de R$ 2,1 milhões. Conseguido antecipadamente pelo Superesportes, o documento será divulgado oficialmente após a aprovação dos valores pelo Conselho Deliberativo na próxima segunda-feira.
“Fechamos 2016 com resultado positivo, mesmo com R$ 30,3 milhões de atualização nas dívidas fiscais de R$ 284 milhões que está abrigada no Profut”, escreve Nepomuceno em relatório endereçado aos conselheiros do clube.

A última vez que o Atlético registrou lucro anual foi em 1993. Em entrevista publicada no dia 25 de março, o presidente adiantou ao Superesportes que teria uma “surpresa positiva” no balanço de 2016. Em 2015, o déficit foi de R$ 11,9 milhões. Em 2014, ainda maior: R$ 53,1 milhões.

Receita recorde

Na temporada passada, o clube ultrapassou pela primeira vez na história a marca de R$ 300 milhões em receitas. O valor exato foi de R$ 316.312.227 - R$ 70 milhões a mais que em 2015. O Atlético prevê arrecadar valor semelhante nesta temporada.

A principal fonte de receitas, mais uma vez, foi a venda de direitos de transmissão e imagem (R$ 128.998.629). Em seguida, aparecem transferência de atletas (R$ 78.556.940), patrocínio/marketing (R$ 31.631.622), bilheteria (R$ 28.502.374), programa de sócio-torcedor (R$ 18.561.829) e outras atividades esportivas (R$ 10.623.483). Todos os valores - exceto o último descrito - aumentaram em relação a 2015.

As despesas também foram recorde - na casa dos R$ 314 milhões.

Salários crescem

Em relação à temporada 2015, as despesas com salários e encargos sociais cresceram exponencialmente em 2016. O valor passou de R$ 46,5 milhões para 79,9 milhões.

Os gastos com direitos de imagem de atletas e comissão técnica aumentaram de R$ 41,9 milhões para R$ 44,7 milhões.