Gol cedo e expulsão: Roger lamenta erros que culminaram em derrota do Atlético

O clássico não valia muito em termos de tabela para o Atlético, no entanto, a derrota deixou marcas. O Galo perdeu por 2 a 1 para o Cruzeiro, no Mineirão, em um jogo em que o técnico Roger Machado ficou profundamente chateado com erros cometidos pela equipe atleticana.

O treinador afirmou que, durante a semana, mostrou aos jogadores que o Cruzeiro costuma roubar bolas pelas laterais. E foi isso que aconteceu no primeiro minuto, com o desarme de Diogo Barbosa sobre Marcos Rocha. No fim do lance, gol de Thiago Neves, após falha de Giovanni.

Outro fator citado por Roger como crucial para a derrota foi a expulsão de Fred, aos 25 minutos do primeiro tempo. O atacante acertou um soco em Manoel durante uma disputa de bola na área celeste. Antes do cartão vermelho, o Galo tinha 71% de posse de bola e começava a assustar o rival.

Para o treinador, esses foram os motivos da derrota alvinegra. "Foram dois fatores, o gol cedo e a expulsão. Acredito que a gente pudesse chegar ao empate ainda no primeiro tempo, caso não acontecesse a expulsão, por causa de nosso volume de jogo. O gol cedo fez o Cruzeiro ter a estratégia do contra-ataque. O gol no início altera a estratégia de jogo. A expulsão nos tirou forças. Buscamos forças para buscar o resultado no fim, brigando pelo empate até o fim. Erramos em momentos pontuais, com o gol no ínicio e a expulsão", disse o treinador, que voltou a falar do lance do primeiro gol.

"Não foi um erro individual. Foi um erro tático, coletivo. Trabalhamos bem durante a semana, entendendo que o Cruzeiro pressiona para roubar a bola na lateral. Oferecemos isso ao adversário e demos um contra-ataque muito cedo na partida. Temos que entender que temos que entrar bem concentrados desde o início do jogo. Sair com 1 a 0 no placar dificulta mais as coisas. O gol influenciou no resultado, porque os erros seguintes foram causados por causa disso", completou.

O técnico atleticano explicou a saída de Cazares ainda no primeiro tempo e a estreia de Marlone na etapa final. "Não dava apenas para se defender com um a menos. A torcida do Cruzeiro iria forçar para que eles propusessem mais o jogo. Precisaria de uma opção de velocidade, por isso a entrada de Luan, que ataca e volta para marcar na mesma intensidade. Coloquei o Marlone depois do segundo gol para manter acesa nossa proposta pelo lado do campo. Tivemos um desgaste muito grande. Por pouco não empatamos, o que seria especial no clássico", concluiu.

O Galo agora volta a campo apenas no domingo da outra semana, às 16h, contra a Caldense, em Poços de Caldas. Será a última partida do Galo antes do jogo contra o Sport Boys, da Bolívia, pela Copa Libertadores, dia 13 de abril, às 19h30, no Independência.