O Atlético entrou com requerimento na Federação Mineira de Futebol, nesta quinta-feira, para tentar cancelar as imposições do Cruzeiro para o clássico deste sábado, às 16h, no Mineirão, pela 10ª rodada do Estadual. A diretoria alvinegra alega que as proibições determinadas pelo clube rival não estão no regulamento e ressalta a abstenção da Polícia Militar.
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Torcedores do Atlético invadem bilheteria norte do Mineirão e causam grande confusãoCruzeiro cita 'reciprocidade' por vetos e defende torcida meio a meio nos clássicosCruzeiro aciona Federação Mineira para confirmar vetos ao Atlético no clássicoEm reunião nessa terça-feira, o Cruzeiro, mandante do jogo pelo Campeonato Mineiro, definiu que a torcida adversária não poderá levar faixas, bandeiras e instrumentos musicais para a arquibancada. Até mesmo a participação do mascote do Atlético não foi permitida. O clube celeste também impediu a entrada de crianças atleticanas com os jogadores no gramado, mas a medida foi derrubada pela FMF.
Segundo a PM, por se tratar de um evento privado, a responsabilidade é exclusivamente do clube mandante. Conforme acordado para o jogo, os cruzeirenses têm direito a 51.300 lugares (90%), enquanto os atleticanos ficam com 5.700 (10%).
Em entrevista coletiva nesta quinta-feira, na Toca da Raposa II, o vice-presidente de futebol do Cruzeiro justificou a decisão como 'princípio da reciprocidade', já que a Raposa é prejudicada nas mesmas circunstâncias quando atua no Independência.
“Até na diplomacia existe o princípio da reciprocidade. Essas picuinhas não ganham jogo, mas o Cruzeiro tem direito a usar o princípio da reciprocidade, até em respeito à nossa torcida. A torcida do Cruzeiro sofre muito no Independência, um estádio que a própria Polícia Militar já disse que não tem condições de receber jogos grandes. Essas coisas no clássico de proibição de mascote, bandeira e instrumentos foram criadas pelo nosso rival. Então estamos fazendo reciprocidade”,declarou.