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Adilson ainda nem vestiu a camisa do Atlético. Portanto, qualquer comparação - especialmente em termos de idolatria e respeito da torcida - é irresponsável. Apesar disso, o volante chega a Belo Horizonte credenciado para tentar substituir Leandro Donizete, que fez história no clube alvinegro entre 2012 e 2016.A comparação se dá por conta das características semelhantes dos dois jogadores.
“Adilson não era muito técnico, mas era muito voluntarioso, brigador. O torcedor gostava bastante. Não chegou a ser um craque no Grêmio, também não é criativo como Rafael Carioca. Mas é muito viril, de destruição”, analisa Luís Henrique Benfica, jornalista do gaúcho Zero Hora.
Lucas
As comparações começaram cedo na carreira de Adilson. Nos primeiros anos de Grêmio, o jogador era considerado o ‘novo Lucas’, volante e zagueiro que atualmente defende o Liverpool. A analogia era feita por dois motivos: o estilo de jogo e as características físicas, já que ambos são loiros.Conhecido de Roger
O técnico do Atlético foi importante na contratação do volante. Roger Machado, então auxiliar técnico, e Adilson trabalharam juntos no Grêmio em 2011.No clube gaúcho, o volante se profissionalizou em 2007. Ele passou a atuar com mais frequência, entretanto, apenas a partir de 2009. Foi importante na campanha de recuperação do Grêmio no Campeonato Brasileiro de 2010, conquistou a torcida, mas nunca chegou ao nível esperado no início da carreira. Também atuou ao lado de Rafael Carioca no clube gaúcho.
No fim de 2011, foi negociado com o Terek Grozny, que pagou 1,2 milhão de euros por 55% dos direitos econômicos do jogador.
Rússia
Adilson não precisou de muito tempo para se adaptar ao frio e ao futebol russo. Foi titular na maior parte da passagem de mais de cinco anos pela Europa. Perdeu de vez a posição na temporada 2016/2017, em que atuou em apenas três dos 17 jogos do Terek Grozny no Campeonato Russo.
Tinha contrato até maio com o clube, mas rescindiu para poder acertar com o Atlético. Deixou o clube como ídolo e recebeu mensagem de apoio de torcedores: “Adilson, nós somos uma família. Sempre estaremos com você”, dizia uma faixa no estádio dos Terek.
Média de amarelos
As comparações com Leandro Donizete animam por um lado, mas despertam preocupação por outro. Se, em tese, não faltará disposição, muito provavelmente também não faltarão cartões.A média de amarelos do contratado na carreira é menor que a do ‘General’ no Atlético. Adilson participa de quatro jogos para ficar pendurado, enquanto Donizete precisa de 3,6. Em 2016, o ex-jogador do Galo tinha números piores e recebia cartão a cada 2,3 partidas.
O novo volante atleticano recebeu apenas dois cartões vermelhos na carreira - os dois em 2009, pelo Grêmio. Os números de Adilson na Rússia consideram apenas partidas da Premier League.
Posição
Por conta das características, Adilson deve atuar como primeiro volante no 4-1-4-1 de Roger Machado. Na carreira, já jogou na segunda linha de meio do 4-4-2 ‘losango’ no Grêmio, mas foi criticado por não conseguir apoiar o ataque tão bem quanto defende.Foi adiantado e ganhou mais liberdade na Rússia, mas seguiu como um jogador prioritariamente de marcação.