Zagueiro admite erros, mas garante: "Vou voltar a ser o Felipe Santana do Borussia"

O zagueiro Felipe Santana chegou ao Atlético no início do ano depois de um período afastado do futebol. Ele deixou o Kuban Krasnodar, da Rússia, no primeiro semestre de 2016 e voltou ao Brasil para manter a forma física em Santa Catarina. Foram oito meses até o retorno aos gramados. Por causa do longo tempo distante das quatro linhas, o zagueiro sentiu a falta de ritmo de jogo. No clássico contra o Cruzeiro, no dia 1º de fevereiro, pela Primeira Liga, falhou decisivamente – o rival acabou vencendo a partida por 1 a 0. Santana admite início abaixo do esperado, mas não abaixa a cabeça. Em pouco tempo, ele almeja voltar a ser o defensor que se destacou no futebol europeu.

“Eu tenho que deixar isso frisado. Felizmente o torcedor é emoção, e as pessoas não sabem o que acontece. Eu, na primeira entrevista, disse que necessitaria de um tempo para me adaptar. O Roger foi a pessoa que me trouxe, foi a pessoa que me acalmou o coração em relação ao Brasil, e eu vim tentando fazer com que as coisas funcionassem, mas tem que se levar em conta que eu fiquei seis meses parado. E esses seis meses, infelizmente, o jogador perde totalmente o ‘timing’ do jogo”, disse Santana, em entrevista à rádio Itatiaia.

“E, na volta, você pega o Mineirão totalmente lotado e perde num clássico que tem proporções astronômicas, você acaba por cometer um erro, e as pessoas vão te crucificar. Em nenhum momento eu abaixei a cabeça, eu procuro trabalhar firme. O Leo recebeu a oportunidade dele, cumpriu a risca, é o nosso capitão. Mas eu não posso deixar de frisar que eu vim para cá para voltar a ser o Felipe Santanta do Borussia Dortmund nem que isso custe um pouco de tempo, mas fico feliz com a minha segurança. Esta semana foi a primeira semana que disse que eu me sentia bem, que começava a sentir lampejos daquele jogador que eu começava a ser”, acrescentou.

Felipe Santana viveu o melhor momento na carreira com a camisa do Borussia Dortmund, clube no qual construiu uma carreira sólida. Foi bicampeão alemão, campeão da Copa do Alemanha e da Supercopa. Quando deixou Dortmund, passou por Schalke 04, Olympiacos e Kuban Krasnodar. No Galo, ele ainda busca seu melhor desempenho. Participou de quatro jogos, três pelo Campeonato Mineiro e um pela Primeira Liga.

Apesar da fase irregular, Felipe Santana ainda sonha com a Seleção Brasileira. “Vim com o objetivo de chegar à Seleção Brasileira. É a única coisa que me falta. Então, para que isso aconteça, eu tenho que melhorar muito”, afirmou. “Seleção é uma consequência natural do trabalho no meu clube. Se fizer trabalho bem feito no clube, as coisas tendem a acontecer naturalmente. O mais importante é que eu quero voltar a ser o Felipe Santana de antes”, frisou.