O Grêmio protocolou na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) um pedido para que o Atlético fique impedido de contratar jogadores por até dois anos. O clube gaúcho, que segue cobrando judicialmente para receber o dinheiro da venda do goleiro Victor, baseia-se no Artigo 66-A Regulamento Nacional de Registros e Transferência de Atletas de Futebol. A pena mínima para o clube mineiro seria uma advertência, caso o pedido seja acolhido.
Leia Mais
Caso Victor: Atlético sofre derrota e tem contas penhoradas após ação do GrêmioGalo tem Labareda como garantia para discutir na Justiça valores do "caso Victor"Caso Victor: Grêmio promete ir à CBF para proibir novas contratações do AtléticoGrêmio questiona gastos do Atlético e diz que dívida por Victor supera R$ 10 milhõesSem capitão, Atlético treina e segue preparação para jogo com Democrata-GVPara o dirigente do clube gaúcho, o Galo vem "protagonizando um desequilíbrio nas competições" por não pagar os direitos econômicos do goleiro. “Está se estabelecendo uma desigualdade das competições. Você vende um grande jogador, ele é campeão da Libertadores e o Atlético não me paga. Eles usam o Victor contra a gente e seguem sem pagar. Compram outros jogadores e seguem nos devendo uma contratação de 2012”.
De acordo com Nestor Hein, o Atlético pensou até mesmo em oferecer um jogador para tentar compensar o valor devido. “A verdade é que o Atlético não quer fazer o pagamento. Eles vão entrar com vários recursos e enrolar ao máximo para não pagar. Soube extraoficialmente que eles até queriam passar um jogador para a gente para abater a dívida”, concluiu.
Na última semana, o Grêmio conseguiu na Justiça o bloqueio de R$ 10.508.626,19 referentes à venda do atacante Lucas Pratto, do Atlético para o São Paulo. O Galo negociou 50% dos direitos econômicos do argentino por 6,2 milhões de euros (cerca de R$ 20,6 milhões).
A ação proposta pelo clube gaúcho visa receber o equivalente ao débito do Galo em relação à compra de Victor em junho de 2012. O Atlético adquiriu o goleiro por 3 milhões de euros (cerca de R$ 7,6 milhões à época) e ainda repassou ao Grêmio 50% dos direitos econômicos do zagueiro Werley. Uma parcela de 1,5 milhão de euros não foi paga.
O Galo promete recorrer, alegando que o Grêmio também deve ao clube, por conta do empréstimo de Werley ao Santos, em 2015.