O Atlético ofereceu o Labareda, um dos clubes de lazer da agremiação, como garantia para discutir na Justiça os valores envolvidos na ação movida pelo Grêmio, e, deste modo, não precisar depositar judicialmente nenhuma quantia em dinheiro.
Na segunda-feira passada, o Grêmio conseguiu na Justiça o bloqueio de R$ 10.508.626,19 referentes à venda do atacante Lucas Pratto, do Atlético para o São Paulo. O Galo negociou 50% dos direitos econômicos do atacante argentino por 6,2 milhões de euros (cerca de R$ 20,6 milhões). O Galo vai recorrer alegando que sua garantia - o clube Labareda - tem valor bem superior ao montante devido.
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“No negócio, foi envolvido o Werley. Nos termos, o Grêmio ficava com 50% dos direitos do Werley, e se fosse envolvido em algum negócio, o Atlético teria um percentual ou teria que ser indenizado. Ele foi envolvido em um negócio, e o Atlético não recebeu uma parcela. Assim, o Atlético tem que ser indenizado”, diz Lásaro da Cunha.
“O Atlético tem crédito, e o Grêmio também. O Grêmio tem o parâmetro, que é a última parcela do Victor (1,5 milhão de euros). O nosso parâmetro não está arbitrado. Tem que ser arbitrado. A Justiça, por hora, bloqueou. Agora as partes estão elaborando suas teses”, acrescenta.
O Grêmio se defende dizendo que cedeu Werley de graça ao clubes. O Atlético, mesmo detentor de 50% dos direitos, não teria sido consultado pelos empréstimos. “Nas conversas que mantivemos com a direção do Grêmio, tem que abater o valor. Eles não querem abater”, insiste o diretor jurídico do Alvinegro.
CBF
A diretoria do Grêmio ameaça também uma ação administrativa na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) pedindo a proibição de compras de atletas por parte do Galo por até dois anos. O Grêmio se baseia no Regulamento Nacional de Registros e Transferência de Atletas de Futebol. Para Lásaro Cândido da Cunha, o caso ainda está sendo discutido na Justiça. Por isso, a decisão gremista de ir à CBF não tem fundamento.