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Presidente do Galo respeita laudo da PM, mas diz que números provam o contrário

Daniel Nepomuceno diz que, em quatro anos de jogos no Independência, tiveram poucos exemplos que colocam o futebol em Belo Horizonte em xeque

postado em 14/02/2017 17:30 / atualizado em 14/02/2017 17:05

Juarez Rodrigues/EM/D.A Press

A proibição da realização de grandes jogos no Independência feita pela Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) no início deste ano gerou irritação no Atlético. O clube não poderia realizar partidas contra equipes que têm torcidas rivais à alvinegra. No entanto, um novo laudo foi divulgado e a avaliação será feita jogo a jogo, com um prazo de 15 dias antes ao evento.

O presidente Daniel Nepomuceno afirmou à reportagem que respeita a decisão tomada pela PM. No entanto, o mandatário alvinegro não quer ver a realização das partidas dependerem de burocracia externa.

“O laudo coloca que vai ter uma avaliação jogo a jogo. A gente respeita, elogia a Polícia Militar. Só que o espetáculo não pode depender de uma burocracia para ser realizado. Não podemos depender de interferência externa para discutir mando de campo. A gente vê o esforço que todos fazem pelo futebol no estado”, disse, ao Superesportes.

Para o dirigente, não há motivos para questionar o comportamento da torcida do Atlético nos quatro anos de jogos no Independência.

“O laudo foi corrigido após a primeira versão que foi desastrosa, porque questionava as condições de ter jogos aqui. Os números são bons nos quatro anos em que jogamos no Independência. São poucos exemplos que colocaram o futebol em Belo Horizonte em xeque, principalmente com a torcida do Atlético. Estou sempre elogiando a postura das organizadas, de nosso sócio-torcedor. Não posso correr risco de começar o ano e ter algo em dúvida em relação aos estádios”.

Nepomuceno diz que o Atlético vem investindo em programas para atrair o torcedor ao estádio, mas que interferências como a que aconteceu são péssimas para o futebol.

“Antes de avaliar, acho que o apelo que os clubes fazem é pelo bom espetáculo. Todo ano sai uma norma diferente, obrigando o clube a cumprir essas normas. A gente sempre investe para fazer um bom espetáculo, dar segurança ao torcedor, aumentar o número de sócios. Quando uma instituição de fora apresenta um laudo que atrapalha o espetáculo, é péssimo para o futebol. A gente aumenta o número de sócios, não existe dado técnico de violência e morte. A gente faz campanha para levar crianças e famílias ao estádio. Não se pode apresentar algo questionando o espetáculo”, concluiu.

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