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Atlético confirma venda de Pratto ao São Paulo por 2º maior valor de sua história

Segundo Nepomuceno, venda superou valores do zagueiro Jemerson

Rodrigo Fonseca Bruno Furtado
Lucas Pratto e Daniel Nepomuceno concederam entrevista para explicar negociação - Foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press
Os clubes ainda não assinaram, mas o presidente do Atlético, Daniel Nepomuceno, confirmou nesta quinta-feira a venda do atacante Lucas Pratto ao São Paulo. A tão esperada entrevista coletiva foi concedida no Estádio Independência, minutos antes do jogo do Galo contra o Joinville, pela Primeira Liga. O argentino, de 28 anos, até então escalado para essa partida, acabou cortado por conta do avanço das tratativas.
Daniel Nepomuceno não revelou os valores da negociação, mas, segundo ele, a venda de Pratto para o São Paulo passa a ser a segunda maior da história do clube. A transação mais vultosa foi a do atacante Bernard ao Shakhtar Donetsk da Ucrânia, em agosto de 2013, por 25 de milhões de euros (R$ 77 milhões). Até então, a transferência do zagueiro Jemerson para o Monaco da França em janeiro de 2016, por 11 milhões de euros (R$ 48 milhões), era a de segundo maior montante.

Até confirmar a ida de Pratto ao São Paulo, o Atlético assegurava que o valor mínimo do seu atacante era de 10 milhões de euros. Porém, baseando-se pela declaração do presidente atleticano, o negócio com o tricolor superou todas as expectativas. “Pelo ídolo que é, perder ele dói primeiro na diretoria, no presidente, no jogador, mas pelo valor que foi apresentado, já antecipo que é a segunda maior venda do clube, não tem como negar, principalmente porque foi um pedido do próprio jogador. Ele tinha sido muito transparente, e acho que ele merece o respeito, porque das outras vezes ele tinha pedido para ficar, para a torcida ter ele mais um tempo”.

No futuro, o Galo ainda terá direito a um percentual de uma eventual venda de Pratto efetuada pelo São Paulo. “Essa proposta não é inferior a outras (da Europa ou da China), ela deixa aberto que, em qualquer negociação futura, o Atlético também vai receber”, acrescentou o presidente.

Daniel Nepomuceno esclareceu que, embora a venda não esteja “assinada”, não havia clima para Lucas Pratto entrar em campo contra o Joinville. “Uma vez que pedi para tirar o Pratto do jogo, viriam especulações. Estão todos acompanhando as notícias dos últimos dias, e eu não me manifestei. As negociações avançaram, mas não assinamos”.

Pratto se despede

Visivelmente realizado com a proposta do São Paulo, Pratto tratou esse como o momento adequado para deixar o Atlético, sem enfraquecê-lo para a disputa da Copa Libertadores. O técnico Roger Machado dispõe de um ataque poderoso. Além disso, o centroavante Fred, até então seu concorrente direto por um lugar no time, tem a sombra de Rafael Moura.

”É o momento em que o elenco está forte, sobretudo no ataque, então acho que o time não vai sentir muito a saída minha. Nos dois primeiros anos não aceitei ser negociado, o Daniel (presidente) também disse que não queria. Nesse momento vi todas as possibilidades. Hoje, o Atlético tem dois atacantes muito bons, um ataque forte, e é o momento pessoal para aceitar a negociação”, explicou.